15 de abril de 2014

À JANELA



Nessa hora do dia, já não tenho mais coragem de descer e muito menos de sair. Então me recolho na janela de meu quarto observando o movimento da rua. Pessoas apressadas para chegarem em casa mas quase todas ligadas a um celular. Não entendo, uma cidade violenta como a nossa e as pessoas nem ligam para isso.
 
Ficar na janela é um hábito antigo de quando ainda morava no interior e via tudo que acontecia pela janela. A rua que eu morava era a mais movimentada como diz um grande amigo: Ela nos relembra nascer e morrer. Morava em frente a Matriz e tudo se passava ali, a outra esquina se dobrava para o colégio, a capela, o cemitério...
 
Hoje me lembrei  dessa passagem de minha vida e vejo que ainda tenho o mesmo hábito, só que em épocas diferentes. Roberto Carlos diz melhor de todo meu sentimento: " Coisas da vida, choque de opiniões".




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