28 de dezembro de 2013

O DESTINO DA LUA

 


 
 
Essa menina vai continuar lutando em 2014 sem esquecer nunca das subidas e descidas na sua monareta pelo BECO DE GOBIRA rodeada de colegas que a ajudavam no pedal. Ela enfrentou também aquela ladeira perto do Cruzeiro em direção ao Ginásio São Raimundo.
 
 
Era tudo tão espontâneo, tão emocionante. Tão FAFÁ! 
 
 
Na próxima  semana será sexagenária  e garante que nada vai mudar. Que venham os obstáculos: ela enfrenta todos e de salto alto. Avisa ainda que tem o destino da lua: a todos encanta e não é de ninguém.
 
 
 
 
 

25 de dezembro de 2013

Quem Sabe?

 
 
 
"Já fiz todos os preparativos para o receber o Novo Ano... abri cada gaiola nas quais prendi minhas coragens... o sonho que sufoquei, o projeto que esqueci, as músicas que não dancei, os pequenos surtos de felicidade a que me neguei...

Pronto! Estão livres outra vez para me" fazerem a corte"... e como menina enamorada, de olhar novo, mas coração curtido... quem sabe dou-me o direito da sabedoria... e aceito? Sim! Quem sabe neste Novo Ano, finalmente aceito ser feliz!!!"

___ Gi Stadnicki - Il. Mhery-Ann Andes
 
 
 
 

22 de dezembro de 2013

É NATAL. NATAL DA ESTRELA GUIA, NATAL DO MENINO JESUS!




Por mais que achem esta época banal...  é  muito importante para nosso calendário. A mídia exagera induzindo as pessoas ao consumismo e todos bobamente caem na armadilha do comprar, do ostentar, às vezes sem doar... esquecendo do aniversariante.
 
 

É NATAL. NATAL DA ESTRELA GUIA, NATAL DO MENINO JESUS!
 
 

 
 Nosso recado vai para aquele...
- que encontra- se sem perspectiva, com medo da solidão, sentindo-se ludibriado por alguém mais esperto.
- que está  em um leito de hospital, geriatria ou até mesmo em casa abandonado pela família que só pensa em festa..
- que está triste e sem um abraço amigo;
- que está estressado só em pensar que não pode comprar uma lembrancinha para alguém que ama muito;
-  que está solitário sem um convite para participar das comemorações de Fim de Ano;
-  que é tão incrédulo com essas festas;
-  que sente um amor perdido;
-  que chora, ama, sofre e que perdoa;
-  que crê no melhor;
-  que é tão otimista no decorrer das desilusões da vida;
-  que não vê o Natal como uma festa consumista (eu respeito) e cheia de ansiedade, mas sim uma festa que se procura a verdade, onde o mundo vive unido a Cristo e onde as pessoas amam uns aos outros;
- que acredita na vida eterna;
- que silencia quando todos balbuciam contra seu semelhante;
- que tem sede de luz diante dos conflitos da alma;
- que acredita que o nascimento de Jesus é uma festa santa, alegre e saudável;
- que está radiante com a entrada de 2013;
- Enfim, a você que nos visitou o ano inteiro, leu, ponderou, respondeu, participou, interagiu, ou mesmo aquele que acessava caladinho: espero que tenham assimilado algo do que tentávamos  falar todo dia... temos certeza do enorme carinho que nutrem pelo sou de varzea alegre, enfim.... nosso abraço natalino a todos!










 
 
 
 
 
 
 















 



Cora Coralina





Assim eu vejo a vida
 Cora Coralina
 A vida tem duas faces:
 Positiva e negativa
 O passado foi duro
 mas deixou o seu legado
 Saber viver é a grande sabedoria
 Que eu possa dignificar
 Minha condição de mulher,
 Aceitar suas limitações
 E me fazer pedra de segurança
 dos valores que vão desmoronando.
 Nasci em tempos rudes
 Aceitei contradições
 lutas e pedras
 como lições de vida
 e delas me sirvo
 Aprendi a viver.





Mais um clip resgatado, gostei muito.









21 de dezembro de 2013

Nossa Mensagem

 
 
 
 
Vivemos positivamente
Somos felizes, muito felizes
temos a paz do Senhor em nossos corações
alcançamos tudo que pedimos
porque acreditamos firmemente no poder da mente...

...o poder da nossa mente
é DEUS no nosso subconsciente.
Boas Festas na santa paz do Senhor!
Muita paz e saúde
o resto, a gente conquista.
Fafá e Zezê
 
 
 
 

MAIS UM APRENDIZADO



De tudo ficaram três coisas:
a certeza de que estamos
sempre a começar,
a certeza de que é preciso continuar,
e a certeza de que seremos
interrompidos antes de terminar.

Portanto, devemos
fazer da interrupção um caminho novo,
da queda, um passo de dança,
do medo, uma escada,
do sonho, um ponte,
da procura, um encontro
Fernando Sabino

 





20 de dezembro de 2013

Era Domingo





Música que marcou a juventude do amigo CARLOS AIRTON de Farias Brito.

ERA DOMINGO – Reginaldo Rossi – 1968

 Essa história se passou
 Quando eu deixei meu grande amor
 Naquela estação, sorrindo.
 Um dia lindo
 Era domingo
 E lá se foi meu grande amor
 Olha o trem nem me avisou
 Partiu levando num vagão
 Meu grande amor, meu coração
 E eu a deixei ali sorrindo
 E aqui fiquei me consumindo
 E se você já teve amor
 Que um certo dia lhe deixou
 Deve sentir no coração
A mesma mágoa e a mesma dor

Do autor que fez essa canção
 




 

19 de dezembro de 2013

Notre Histoire






                      "O que tenho de torta,  tenho de feliz.

 


Admiro tua foto,com V-Alegre nublada
 Imagine tua torta,se ela vier salgada
 Tortas doces e completas, é o que muito me agrada
 Tortas de liquidificador e tortas que venham do nada
 Eu gosto de todas as tortas, não desdenho a gelada
 Sou torto e adoro a torta e toda torta feliz é amada

Amanheceu Chovendo na Nossa Várzea Alegre

 
 
 


 
Meu pai dizia: "está bonito prá chover." Nossa Várzea Alegre amanheceu assim.
Fafá
 
Que bom, acho que encontrarei do jeito que gostaria de vê-la, com chuva, para minha esposa conhecer a nossa chuva, sentir o que de mais sagrado há nesse fenônimo. Tá bonito! Aqui esse aspecto é de tempo feio! Contraste.
 
Francisco Gonçalves de Oliveira

 Chuva em Várzea Alegre para mim é festa, é alegria, esfria o tempo, abate a poeira,inspira um clima de felicidade...
 
Isabel Bitu
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 




18 de dezembro de 2013

Velha Infância





MEUS OITOS ANOS - CASIMIRO DE ABREU


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem, mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
—Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
— Pés descalços, braços nus —
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
....
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!








17 de dezembro de 2013

De Volta Pro Aconchego


                                                                Voltando prá casa.....





...depois de uma maravilhosa viagem....








....com filhos, nora e netos.
Bom retorno, meu povo, sentimos saudades.




16 de dezembro de 2013





Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo sabendo que as rosas não falam...
 


Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera pode não ser tão alegre...
 


Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
 

Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...

Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda...
 

Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...
 

Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
 

Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão meus olhos...

               
 Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos...

               
 Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas...

               
 Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu...

               
 Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...

               
 Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...

               
 Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia...

               
 Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...

               
 Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...

               
 E acima de tudo...

               
 Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!

               
 Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois...

               
 A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!
 Chico Xavier

14 de dezembro de 2013

Les Enfants De La Guerre

Pour vous, FAFA, amie qui aime la langue française. Bisous!

Les Enfants De La Guerre
Charles Charles Aznavour


Les enfants de la guerre
 Ne sont pas des enfants
 Ils ont l'âge des pierres
 du fer et du sang
 Sur les larmes de mères
 Ils ont ouvert les yeux
 Par des jours sans mystère
 Et sur un monde en feu

Les enfants de la guerre
 Ne sont pas des enfants
 Ils ont connu la terre
 A feu et à sang
 Ils ont eu des chimères
 Pour aiguiser leur dents
 Et pris des cimetières
 Pour des jardins d'enfants

Ces enfants de l'orage
 Et des jours incertains
 Qui avaient le visage
 Creusé par la faim
 Ont vieilli avant l'âge
 Et grandi sans secours
 Sans toucher l'héritage
 Que doit léguer l'amour

Les enfants de la guerre
 Ne sont pas des enfants
 Ils ont vu la colère
 Étouffer leurs chants
 Ont appris à se taire
 Et à serrer les poings
 Quand les voix mensongères
 Leur dictaient leur destin

Les enfants de la guerre
 Ne sont pas des enfants
 Avec leur mine fière
 Et leurs yeux trop grands
 Ils ont vu la misère
 Recouvrir leurs élans
 Et des mains étrangères
 Égorger leurs printemps

Ces enfants sans enfance
 Sans jeunesse et sans joie
 Qui tremblaient sans défense
 De peine et de froid
 Qui défiaient la souffrance
 Et taisaient leurs émois
 Mais vivaient d'espérance
 Sont comme toi et moi

Des amants de misère
 De malheureux amants
 Aux amours singulières
 Aux rêves changeants
 Qui cherchent la lumière
 Mais la craignent pourtant
 Car
 Les amants de la guerre
 Sont restés des enfants


.






...

Resposta Ao Tempo




O tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas, mas acima de tudo o tempo traz verdades.



 
 

13 de dezembro de 2013

O ENCONTRO DE SÃO RAIMUNDO NONATO COM GETÚLIO VARGAS NA FESTA DE AGOSTO

O ENCONTRO DE SÃO RAIMUNDO NONATO COM GETÚLIO VARGAS NA FESTA DE AGOSTO
Dedico ao Major Joaquim Alves
 Quarta e Última Parte:

31 de AGOSTO

A chegada de Getúlio
 Transformou toda a cidade.
 Trouxe muita empolgação,
 Euforia e vaidade;
 Oradores, bons poetas
 E gente de toda idade.

Às sete horas da manhã,
 Sentindo grande emoção
 Assistiu bonita missa,
 Antes da celebração,
 Realizada pelo bispo
 Em solene comunhão.

Enobrecendo o momento
 Houve aula magistral
 Realizada, às onze horas,
 No salão paroquial,
 Um pouco antes da salva
 Da banda municipal.

Este evento grandioso
 Foi bastante aplaudido
 Com muitos participantes
 E sucesso garantido
 Tendo, na pauta, um bom tema
 Ainda pouco discutido.

O assunto apresentado
 Nesta aula inaugural
 Rezava sobre a mudança,
 De forma descomunal,
 De mudar nome de rua
 Desrespeitando a moral.

Do Cedro, participaram
 Luiz Moura e BC Neto,
 Barros Alves, jornalista,
 Um trio muito completo,
 De cultura avantajada
 E prestígio, além do teto.

O Arievaldo e O Klévisson,
 Rouxinol e Zé Maria
 Formaram forte quarteto
 Sem demonstrar euforia
 Demonstrando para a mesa
 Uma grande sintonia.

Padre Vieira chegou
 Com Otacílio e Bidinho,
 Tendo o major Joaquim Alves
 Se acomodado, sozinho.
 Lá atrás, Chiquinho de Louso
 Assistia num cantinho.

Getúlio começa o evento
 Mostrando a sua versão:
 Diz numa conversa franca
 Da grande decepção
 Ao encontrar a sua rua
 Nos braços de outro, então.

Nesse momento, o major
 Joaquim Alves, bem ciente,
 Fala que tem grande mágoa,
 Um desgosto permanente,
 Por não ter mais o seu nome
 Na via que se fez gente.

Reconhece em Otacílio
 Um soberbo cidadão,
 Que ganhou a sua vida
 Com muita dedicação
 Ao trabalho e ao seu povo
 Sem se opor à razão;

Que sendo senhor do tempo
 Teve um marco estrutural,
 Foi um grandioso empresário
 De fama nacional
 E foi eleito por sua gente
 Deputado Estadual;

Que apesar de trabalhar
 Sua vida com dureza,
 Tinha um senso de humor
 Externando a sua grandeza,
 Não esquecendo a origem,
 Grande ato de nobreza.

Relembro aqui o seu destino,
 Que lhe deu o Deus amado
 Por vir morrer nessa terra,
 O seu berço abençoado,
 Encerrando assim um ciclo
 No sertão idolatrado.

Porém, apesar de ver,
 Que a mudança ocorreu
 E sentindo em Otacílio
 Um homem que mereceu
 Fiquei muito magoado
 Com o que me aconteceu.

Encerrando a sua fala
 Muito emocionado
 Relembra papai Raimundo
 O seu pai idolatrado
 Dirigindo a palavra
 Para outro contemplado.

Padre Vieira o saúda
 Pela sua citação
 Relembrando ao grande público
 Uma enorme doação,
 Que em vida ele ofertou
 Pra cidade em construção.

Mas o padre do jumento
 Vendo o major magoado
 Lembrou que não foi só ele,
 Que se sentiu chateado,
 Recordando santo Ambrósio,
 O São Braz injustiçado.

Para aqueles que não sabem,
 Num passado mais profundo,
 A imagem de São Braz
 Passou-se por São Raimundo
 Até que um novo vigário
 Sanasse o erro fecundo.

São Raimundo anuncia
 Pra findar, se manifesta,
 Que haverá a apuração
 Isso ninguém lhe contesta
 E que uma grande caminhada
 Encerrará a nobre festa.

Encerrando o grande encontro
 Padre Vieira incrementa
 Um contraste improvisado
 Por Bidinho, que comenta,
 E este com a sua viola
 Bonito mote apresenta:

Várzea Alegre traz a graça
 Dos contrastes naturais
 Onde os fatos bem reais
 A população abraça.
 Chora no meio da praça
 A tradição que perdeu.
 Novo contraste nasceu
 Com decisão descabida
 A guerra não combatida
 O major morto perdeu.

O Poder Legislativo
 Que nomeia toda a rua
 Na cantiga da perua
 Dá um bote bem ativo.
 Muda o nome primitivo
 Da rua de seu Dirceu.
 Deu cabo a quem já morreu
 Sem a defesa merecida
 A guerra não combatida
 O major morto perdeu.
 Major Joaquim Alves tem
 Pra nós, passado fecundo
 Pois para papai Raimundo
 Foi um filho muito além.
 Ao povo ele fez o bem
 E a cidade o agradeceu.
 Nome de rua lhe deu
 Agradecendo a sua lida
 A guerra não combatida
 O major morto perdeu.
 Amigo vereador,
 Representante da gente,
 Você abriu um precedente
 Histórico de valor.
 Mudou na rua o primor,
 Que o povo lhe concedeu.
 O passado não valeu
 Nem a luta destemida
 A guerra não combatida
 O major morto perdeu.
 Sávio Pinheiro

(CAPITULO II CORDEL - DO LIVRO ESTRELA DALVA)

PAUSA PARA MEDITAÇÃO - por João Bitu

PAUSA PARA MEDITAÇÃO

 

É deveras impressionante como a ação dos tempos impõe modificações nos hábitos e costumes das pessoas, contribuindo para transformar e, por  vezes, aprimorar o relacionamento entre jovens e adultos, notadamente, à proporção em que no dia a dia os fatos vão ocorrendo alheios às nossas pretensões. Tudo se modifica ao mesmo tempo em que nos transformamos também, à mercê de comportamentos indiferentes aos princípios de nossa origem de vida, tais como nos foram legados por nossos ancestrais. É como se tudo precisasse ser mudado e uma atualização se fizesse necessária em nossa existência. Só que, entendo serem estas atualizações procedidas de maneira um tanto precipitada.

Não atentamos para determinadas atitudes ousadas no tratamento que dispensamos aos nossos semelhantes de idades mais avançadas. As pessoas mais idosas perdem gradativamente o direito de serem respeitadas como tais. A juventude não tem sido preparada por seus superiores para conservar o respeito e a obediência a quem de direito. As coisas, em geral, não são mais como antigamente.

Será que tudo o que acontece é para melhorar a vida gente? A modernização que se opera em nosso cotidiano será mesmo um corretivo ou estímulo para aperfeiçoar os atuais usos e costumes?  Tudo mesmo?

Certo é que há uma enorme diferença entre a atualidade e o passado.  Estamos completamente diferentes de outrora, na maneira de vestir, na forma de como nos comunicar com o próximo, em como conquistar amizades e saber conservá-las e, como já fiz referência acima, dispensar o respeito e admiração aos nossos concidadãos que alcançaram a honrosa terceira idade com sacrifício, com luta e com amor.  Alias, dizia-me um amigo, “ficar velho até que é muito bom, difícil mesmo é ser velho”. Todos nós sonhamos e almejamos viver bastante, assistir o nascimento e crescimento de filhos, netos, bisnetos e mais aderentes na plenitude de nossa saúde e bem estar. Mas “caducar” não... só  se for no sentido de brincar, acariciar e bajular os descendentes.

Entre os doze e vinte anos de idade, no ápice da adolescência, experimentei uma fase de acentuada timidez, ao ponto de me tornar portador de enorme complexo de inferioridade. Tudo era belo ao meu redor, menos eu. Todos mereciam afeição, admiração, cobiça pessoal, menos eu. Custei a superar certos preconceitos, enfim consegui quase totalmente, graças a repetidos acontecimentos merecedores de uma melhor análise e reflexão. Os tempos se encarregaram, realmente, de nos transformar a qualquer custo.

Lentamente fui amadurecendo e enriquecendo meus propósitos de vida, alterando idéias e pretensões pessoais. Começava a surgir uma nova perspectiva e razão de ser. Comecei a aprender com os próprios erros cometidos ao longo da existência. E como aprendi?

Recentemente, por telefone, conversava com uma de minhas melhores amigas, daquele saudoso e longínquo passado e lembrava que a nossa amizade fora imensa, altamente saudável e duradoura” e acrescentava: Só não fomos namorados  porque eu achava que  você não me queria, ao que ela respondeu:  Porque é que você pensava assim?.

Ora, diante de minha timidez e como nos comportávamos na ocasião, era assim que as coisas aconteciam. Faltava iniciativa entre os dois e mais que isto, receio, medo de levar uma mala.

Quem sabe se um grande amor não existia e o temor e falta de coragem não o deixaram vingar? Tudo é possível,

Não teria sido melhor se tivesse havido ousadia e não timidez entre ambos?

DEUS o sabe e é por sua vontade permissiva que o tempo se encarrega de tudo, convenhamos. Deixemos as coisas acontecer como ELE o desejar.

Tudo passa sobre a Terra – disse José de Alencar,

 

João Bitu

 

 

 

 

 

 

12 de dezembro de 2013

Adoro o Circo - por Luiz Lisboa

Vi no equinócio
 A igualdade da noite e o dia
 Pus a máscara fui ao circo
 Viver uma utopia
 Cumprimentei muitos com abraço
 Fiquei contente em ser palhaço
 Quando vi a criança que sorria

Viajei para o oriente
O saara em minha frente
 Era noite e chovia
 Uma tempestade forte
 Dessas que causa a morte
 E que faz a areia virar lama

E sentindo calafrio
 Naquela terra entre rio
 Decifrei códigos da mesopotâmia

Num escaler polinésio
 Comi peixe com escama
 Cruzei o pacífico
 Fui parar no atacama
 Nos andes fui criador
 Lá eu era um pastor
 Tosquiava alpacas e llamas

Andei vários desertos
 Foram tantos sonhos incertos
 Pesadelos de cair da cama
 Nos meus sonhos de pivete
 Fui parar lá no Tibete
 Para ouvir o Dalai Dalai Lama

Vi civilizações remotas
 No paleolitíco vi nômades
 Vivendo em plena felicidade
 A caça e a pesca
 Alimentava a comunidade
 Frutos colhiam em abundâcia
 Era grande a variedade

Há dois mil anos atrás
 Condenaram o profeta da paz
 Porque pregava a verdade
 No século XIII fui aluno de Pacom
 Ele me ensinou o dom
 De viver sem falsidade

Hoje aqui na minha sala
 Fico trêmulo perco a fala
 Quase a morrer de ansiedade
 Uma coisa quero saber
 Quem é capaz de me dizer
 Onde encontrar a LIBERDADE?

Fátima um abraço do seu amigo, e Palhaço.Adoro o circo.

LUIZ LISBOA















11 de dezembro de 2013

Não é 2014 que tem que ser diferente: é você!

 
 
 
 
 
 

 
Não é 2014 que tem que ser diferente: é você!
 
 
 
Natal Nordestino
 Composição: Eliezer Setton

Eu pensei que todo mundo
 Sem primeiro nem segundo
 Fosse filho de Papai-do-Céu.

Eu pensei de brincadeira
 Numa vida de primeira
 Onde eu tenha o que eu queira
 De verdade em vez de no papel.

Eu pensei e ainda penso
 Que o amor e o bom senso
 Vão reinar pra gente ser feliz.

Eu pensei bem do meu jeito
 Que eu também tenho direito
 Ao Natal do meu país.

Refrão:

Meu pinheiro é meu mandacaru
 Com enfeites de algodão
 Alpercata no terreiro
 Os Reis Magos três vaqueiros
 Aboiando no Sertão.

Meu pinheiro é meu mandacaru
 Cada um é nosso irmão
 E o Natal, se verdadeiro,
 Há de ter o ano inteiro
 Paz na Terra aos bons de coração.

E o Natal, se verdadeiro
 Há de ter o ano inteiro
 Paz na Terra aos bons de coração.

 
 
 
 


 


 










10 de dezembro de 2013

Samba-enredo “Várzea Alegre Mundo Afora”

 
 
 
 
Várzea Alegre-CE: Padre Vieira e Zé Clementino homenageados pela Mocidade.
 
Samba-enredo “Várzea Alegre Mundo Afora”

Dois grandes nomes da história da cidade de Várzea Alegre, Padre Vieira e Zé Clementino, foram homenageados pelo Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol, que apresentou ao público o Samba-enredo “Várzea Alegre Mundo Afora” pelas mãos do Padre Vieira e Zé Clementino, duas personalidade, dois grandes homens que promoveram até onde puderam o nome da cidade de Várzea Alegre.

O samba-enredo é de autoria de Dakson Aquino e Edmar Gonçalves.

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol, entrou na passarela do samba com cerca de 800 componentes, 19 alas e três carros alegóricos, cerca de 350 membros participantes tinham entre 5 a 12 anos de idade.

O desfile aconteceu à noite da segunda-feira de carnaval.

Baianas, Mestre-Sala, Porta Bandeira e vários destaques empolgaram o público.

Várzea Alegre Centro-Sul do Cariri

Com informações de membros da Escola

Silva Neto

Várzea Alegre – CE 10/03/2011  

 
 
 
 
 

8 de dezembro de 2013

8 de Dezembro - DIA DA FAMÍLIA







 
 

 
Para mim família é abraço, sorriso, aconchego.
É casa cheia .
É emoção, carinho, saudade.
Para mim família é apoio, encorajamento, verdade.
É um colo para encostar a cabeça.
São casas onde as portas sempre estão abertas,
É discórdia, arrependimento, perdão.
Para mim família é música, melodia, canção.
São cultos de louvor no final do dia.
É fonte de bençãos e motivo de gratidão.
É festa, brincadeira, gargalhada.
Para mim família é o maior dom divino.
É onde aprendo quem sou.
É onde descubro quem devo ser.
É vivenciar o que significa amar como Deus ama.
 
 

DOS MALES O MENOR por João Bitu



DOS MALES O MENOR
Já findou o Brasileirão
Nosso Estado não deu sorte
Foi uma luta de morte
Muito cheia de emoção
E apertos no coração.
Quem foi mais fraco caiu
Quem foi mais forte emergiu.
Baqueamos, lá e cá, confesso,
Nem o Vovô teve acesso
 Nem o ICASA subiu!


Mesmo tendo havido luta
Faltou um pouco de garra
O time não se agarra
Com vontade absoluta
Nem coragem na disputa.
A equipe parece fria
Tem visível apatia.
É a forma de dirigir
Claro!  Devo admitir
Falhas da Diretoria!


Futebol é um troço ingrato
Ganha às vezes o pior
Nem sempre vence o melhor
Jogando até mais de fato
No fim entra de gaiato.
Não adianta chiar
Nem sequer se lamentar
E dar uma de ignorante.
Vale é bola no barbante
Não tem como se queixar.


Eis o Vasco ,time famoso
E de primeira grandeza
Capaz com toda certeza
De ser sempre vitorioso
Teve um final vergonhoso!      
O fracasso foi seu destino    
Contudo desde menino        
Apesar das intempéries
Primeira ou segunda séries
Fui e serei Vascaino!

 
Muito pior, entretanto,
Um verdadeiro horror
Vai passando o tricolor
Que se mantém em seu canto
No mais triste desencanto
Já com dois anos na lona.
Amargando a terceirona
Apanhando do Ceará
Que bem folgado está
 No topo da segundona!

João Bitu

INPOSSÍVEL  ESQUCER
CINCO LETRAS QUE CHORAM   (Ceará - Icasa  e Vasco )
Francisco Alves


 

 

 

Curiosidade Poética - por Sávio Pinheiro









Florbela Espanca - 83 anos de sua morte!

"A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente."

Florbela Espanca, poetisa portuguesa, foi batizada Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, nasceu e morreu no mesmo dia, 8 de dezembro, aos 36 anos.

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CURIOSIDADE POÉTICA

08 de Dezembro: dia em que nasceu e morreu a inesquecível poetisa portuguesa Florbela Espanca.

Vejam a diferença dos dois sonetos através do tempo: 90 anos depois.

FUMO
 Florbela Espanca (1923)

Longe de ti são ermos os caminhos,
 Longe de ti não há luar nem rosas,
 Longe de ti há noites silenciosas,
 Há dias sem calor, beirais sem ninhos!

Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
 Perdidos pelas noites invernosas...
 Abertos, sonham mãos cariciosas,
 Tuas mãos doces, plenas de carinho!

Os dias são Outonos: choram... choram...
 Há crisântemos roxos que descoram...
 Há murmúrios dolentes de segredos...

Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
 E ele é, ó meu Amor, pelos espaços,
 Fumo leve que foge entre os meus dedos!

FUMO
 Sávio Pinheiro (2013)

A humana espécie ao nascer
 Traz consigo um destino declarado:
 Tem certeza que um dia irá morrer,
 Mas do quê, nem do quando, é avisado.

O fumante, acuado, em si se vê
 Na potente tragédia do atestado,
 E fingindo o momento, e o porquê,
 Não dá conta, apesar de informado.

O enfarte, o câncer e o enfisema
 Vão sugar a pintura e o poema
 De um vasto passado humanizado;

E no quadro macabro dessas telas
 Só se esquiva expirar de tais mazelas
 Se, precoce, morrer atropelado.











7 de dezembro de 2013


Novos tons  

(Claude Bloc)

 



Eram dias recuados  naquela página da sua infância. "Serei livre", pensava ."Serei grande!" Eram essas as "ameaças" de um futuro particular. Um pequenino céu  bem redondo que encimava seus sonhos e sua forma livre de voar.


Era uma criança ainda mas exigia a realização de suas esperanças; de seus juramentos infantis e eternos; primeiros sinais de seu destino.