18 de abril de 2014

Gabriel García Márquez...

Gabriel García Márquez...
 Na crista de uma sexta-feira santa de plantão, sento-me para escrever algo sobre o nosso vizinho colombiano que partiu ontem, dia 17 de Abril de 2014, e o primeiro vocábulo que escapa da minha mente é, exatamente, SOLIDÃO. Talvez pela vontade de estar junto de minha família ou de estar livre de trabalho neste dia santo. Pela circunstância é natural que eu esteja tão solitário. Lembro-me de Jesus preso, das injustiças do mundo, do preconceito.
Só após esse primeiro momento, é que surge a imagem real desse escritor que dedicou toda a sua existência para discutir o mundo de forma realista, autêntica e bem humorada. Preenchendo o papel em branco, diariamente, conseguia ser feliz e fazer o mundo mais alegre com a sua poética. Feito o anjo GABRIEL, anunciou ao mundo os seus feitos. Dessa vez, pela escrita.
 “Cem Anos de Solidão”, Nobel de literatura em 1982, mostra ao mundo a nossa latinidade, a nossa origem, os nossos sonhos, a nossa missão. Coloca a ficção como suporte de sua realidade. Torna universal o seu pequeno mundo. E achando tudo isso pouco, empenha todas as suas economias para lançar o fruto de sua criação. Tudo por amor ao homem e à literatura.
 Aracataca, onde nasceu, Barranquilla, onde morou, ambas no Caribe Colombiano, sentem a falta de “Gabo”, como era chamado. México, onde morreu, e tudo e todo o resto do planeta, onde é lido e lembrado, sentem muito a perda do homem simples e do escritor criativo. Que fique para o mundo, não apenas a sua importante obra literária, mas a determinação em escrever todos os dias de sua vida, produzindo o alimento mais completo da alma.

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