28 de julho de 2013

A VIDA QUE DEUS ME DEU - por João Bitu



Quando eu era um meninote
Entre nove e onze anos
Já guardava nos meus planos
Deixar de ser um pixote
Passar logo a rapazote
E sem nenhum aparato
À homem feito de fato.
-Esforcei-me com vontade
Busquei responsabilidade
E cheguei ao ponto exato.

Logo cedo fui à Escola
Ao alfabeto aprender
Consegui ler e escrever
Distinguir o "B" de bola
Do vizinho “C” de Cola.
Minhas lições todo dia
Guardava e não esquecia
Tive sempre boa memória
Geografia e História
Facilmente eu aprendia

Tinha bom entendimento
Com todos com quem lidava
Prontamente assimilava
A todo e qualquer momento
Fosse qual fosse o invento.
E sempre tive comigo
Afastar-me do inimigo
Assim que fui respeitado
Nunca fui decepcionado
Sem falsa modéstia eu digo!

Fui ao Rio de Janeiro
Pra ficar mas  não fiquei
Em verdade até gostei...
Pra quem é aventureiro
Paraíso verdadeiro!
Violento como está
Eu não quis ficar por lá.
Preferi baixar o facho
Sem dúvida alguma eu acho
Meu lugar é o Ceará

Lá cheguei a ser bancário
Uma boa profissão
Recebia um bom quinhão
Mas tinha existir precário.
Aqui sou funcionário
Há tempo aposentado
Do meu glorioso Estado
Ninguém é melhor que eu
Com a vida que DEUS me deu
Pois sou bem remunerado!

Família constituída
Esposa filhos e netos
Rodeado de afetos
Eu tenho uma boa vida
Bem vivida e merecida
Cheia de felicidade!
Bem contente na verdade
Como e durmo descansado
Meu PAI DO CÉU, obrigado!
VIVAS! ... à terceira idade!


João Bitu

IMPOSSÍVEL ESQUECER
A MONTANHA
Roberto Carlos
 
 

 

 

 

 

 


27 de julho de 2013

32 ANOS DE FORMATURA




Comemorando os   32 anos de minha formatura. Comecei a trabalhar 15 dias depois da colação de grau. Agradeço a Deus essa  grande  dádiva. Ensinar Francês durante 25 anos não foi nada cansativo, só   aperfeiçoei mais ainda o que aprendi na UFC e no curso de conversação em Paris mas a grande oficina foi a sala de áula, o contato íntimo com o aluno que a mim chegava ávido por informação que eu pesquisava com o maior carinho.Costumo dizer aos colegas que reclamam do baixo salário que trabalhei por gostar, não abracei o magistério pensando em ganhar dinheiro, o caminho não é por aí. Tinha uma clientela maravilhosa que chegava a mim com o intuito de aprender a língua  mais culta e suave desse mundo. Acho que foi isso que fez toda a diferença. Hoje tenho muito orgulho de ver meus alunos trabalhando como intérprete, fazendo doutorado/mestrado, muitos deles trabalham nos hotéis e aeroportos e alguns moram na Europa. Dedico essa postagem a essa turma maravilhosa.Foi com eles que passei 25 anos de minha vida.....transmiti o meu saber  e eles souberam  reconhecer e  compartilham até hoje o  verbo AIMER.
JE VOUS AIME TOUS!




     






26 de julho de 2013

O dia dos avós




Essa montagem foi preparada com muito carinho por uma das avós mais \corujas que conheço: CLEIDE BITU - NOSSA ILUSTRE COLABORADORA.


O Brasil comemora em 26 de julho o DIA DOS AVÓS tendo sido esta data escolhida em razão da comemoração do dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.

A data da festa de São Joaquim sofreu várias alterações ao longo dos tempos. Inicialmente era celebrada no dia 20 de março, associada à de São José, tendo sido depois transferida para o dia 16 de agosto, para associar-lhe ao triunfo da filha na celebração da Assunção, no dia precedente.

Em 1879, o papa Leão XIII, cujo nome de batismo era Gioacchino (versão italiana de Joaquim), estendeu sua festa a toda Igreja. 

Finalmente, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima.

(Aos avós seguidores e colaboradores do blog nossos parabéns!)

DESPEDIDA por João Bitu


DESPEDIDA

( Reprise )


                               
È chegado o grande dia
E voltado pra Deus me valho
Vou pedir força e energia
Sua benção e agasalho,
Vou partir para outras plagas
E deixar lembranças vagas
Aos amigos de trabalho

     
Levarei muitas saudades
De todos meus companheiros
Aqui fiz eu amizades
Camaradas verdadeiros
Mas se com alguém fui injusto
Eu rogo que a qualquer custo
Perdoem meus entreveros

            
Adeus Rômulo e Junior, amigos,
Assessores da pesada
Guardem sempre aí consigo
A minha estima elevada.
Mas afastem a mania feia
De falar da vida alheia
Quando estão sem fazer nada!

                    
Vou sentir muito a ausência
Não tem último nem primeiro
Da Iradenes a decência
De Íris o olhar matreiro
E quero aqui pedir vênia
Para deixar para Valdênia
Um forte abraço e um cheiro!

                 
Para nada mais sirvo aqui
De posse que estou do ato
Só me resta então partir
E de acordo com o ultimat
Com as ordens nele constantes.
Adeus, adeus vigilantes,
Juca, Antonio e  Seu Mulato.

                    
Um adeus a Márcia e Luciana
As parceiras do dia a dia
Vocês são muito bacanas
Jovens de grande valia
Pelas ajudas prestadas
Bem merecem ser citadas
Muito em prosa e poesias!

            
Quero saudar Lucivanda
Mirian, Bené e Mirela
Quando eu partir destas bandas
Relevem quaisquer seqüelas
Que sem querer lhes causei
Errar bem sei que errei
Mas nem sequer dei por elas

                              
 Adeus douta Lucivanda
Chefe da Administração
Que habilmente comanda
Transporte e comunicação
 Com ajuda das morenas
Fica só de quarentena
Ao leme da embarcação

                      
A Mirian como fumante
Quero que não me repare
Mas eu peço suplicante
Que do fumo se separe.
Bené – deusa de sua Igreja –
Que Deus do céu lhe proteja
E a nós outros não desampare!

                      
Nesta minha despedida
Deste para outro universo
Não vou deixar esquecida
Mirela, muito ao inverso,
Seria até um vexame!...
Mas que ela jamais reclame
De que nunca lhe fiz um verso!

                          
Iradenes sempre calada
Colega nobre e astuta
De papagaio não tem nada
Mas tal coruja ela escuta.
Íris que aos cantos soluça
Já vai servir lá em Russas
Que seja feliz na permuta

                     
Lembrarei sempre do Wagner
Motorista que não oscila
Um excelente caráter
Que nem um pouco vacila
Não é chofer de araque
Mui cotado na DITRAC
Menino dos olhos de AURILA!

            
 Em suma parto saudoso
Afastando-me de meus pares
Muito triste e até choroso
Para errar em outros lugares
Muito grato e reconhecido
A este homem bendito    
José Cândido Colares.

 
João Bitu
 
IMPOSSIVEL ESQUECER
VALSA DA DESPEDIDA
Francisco  Alves e Dalva de Oliveira
 
 

 

23 de julho de 2013

Siga em paz, Dominguinhos!





É o Nordeste se despedindo de seu representante ilustre.....DOMINGUINHOS! Vá em paz, GUERREIRO! 72 anos de muitas histórias, o NORDESTE fica órfão de um dos maiores representantes do forró, pendurou o chapéu de couro, encostou a alpercata e silenciou o fole. Vai levando um pedacinho de seus fãs que tem orgulho de suas origens, com certeza vai animar muita  festa lá em cima.









20 de julho de 2013

AGRADECENDO...




No "  DIA DO AMIGO"  queremos fazer um agradecimento aos seguidores...aquelas pessoas que direta ou indiretamente tem participação ativa no sou de varzea alegre. São pessoas que acessam todo dia timidamente, chegam a curtir  mas não se pronunciam.. Há aqueles que estão na lista de colaboradores mas preferem nos ajudar no anonimato.. enviam textos incríveis... entendemos. 

Começamos esse blog no intuito de aprender, depois os irmãos foram se interessando e hoje vemos claramente que o blog é muito família, além de termos alguns amigos íntimos na equipe, nossa pretensão é apenas divulgar o que escrevemos no caso do nosso irmão poeta João Bitu e da irmã Cleide que adora fotografias e montagens. Respeitamos o gosto de cada um. Até já comentaram que o blog é um diário, acatamos a idéia porque timidamente pretendemos um dia lançar nosso livro. 

Quem sabe nos 60 de Fafá, 70 da Cleide e 80 de João Bitu.? 

Tudo é possível. Também não temos pretensão de muitas postagens por dia, tentamos fazer a cada dia pelo menos uma. Hoje é um dia festivo e extrapolamos mas faz parte da comemoração do " DIA DO AMIGO". Gostamos dos comentários mas respeitamos o silêncio que às vezes nos diz muito Digamos que somos um espaço familiar e amistoso. Obrigada pela visita e...voltem sempre.






19 de julho de 2013

DIA DO AMIGO





Dedico essa postagem a Ana Brito e Verônica: exímias secretárias do CENTRO DE LINGUAS - IMPARH ...  essa semana lembraram de enviar essa  foto das 4. Andei observando alguns detalhes e gostei muito. Às duas hoje mui  amigas o eterno carinho de Zezê e Fatinha.


Ah, os amigos! Nessa longa estrada da vida são tantos, de todos os tipos, idades e manias. Há uma vizinha que me cumprimenta todo dia, não nos visitamos mas ela é sempre muito gentil comigo.Os colegas professores que me passaram grande aprendizado.Tem os ex-alunos...aqueles que se destacaram no curso mas não perderam o contato, amo todos sem distinção porque me ensinaram muito nessa vida.Há aquela amiga que me liga todo dia, trocamos idéias, rimos, choramos se for o caso.Tem uma acolá... aquela que que me proibiu de falar em tristeza.Há aquele que de longe via net sabe tudo da minha vida, me vigia pelo computador, e tem aquela que nunca possa contar segredo, displicentemente conta aos outros na maior boa vontade, há ainda uma que confio demais, há aquela que eu só digo oi e me mando e ela diz que me admira muito,mas tem um casal de acolá que me "endoida". Nunca sei se estão falando sério ou brincando comigo. O que sei é que só cresço com eles. Aquilo que eu achava que estava "adormecido" de tão fundo lá dentro, eles dão um jeito para que eu "desabroche".São os amigos que só me ajudam a crescer intelectualmente, mas gostam e respeitam minha simplicidade que é monstruosa perto deles.

Acho que nascemos sempre com um propósito e são os amigos que nos complementam no desenvolvimento da percepção de saber porque e para que eles estão nas nossas vidas. Cada um nos faz aprender algo novo e é isso que nos garante analisar onde e quando usufruir, respeitando cada um como é.

Procuro ser respeitada e consequentemente tento respeitar o outro.

Não posso aqui avaliar o número de amigos..porque isso fica para quem gosta do TER sem avaliar o SER de cada um.Aproximando-me dos 60 anos e carregada de experiências umas positivas, algumas negativas, fui fazendo escolhas e hoje sei que a qualidade deles é muito mais importante.

Se amigos são os tesouros da vida, posso me vangloriar do aprendizado que me passaram e com certeza continuarão passando. Prefiro não citar nomes...as qualidades falam mais alto.








16 de julho de 2013

A GRANDE GUERREIRA (REPRISE)




                          A GRANDE GUERREIRA

Fafá pediu um poema
E eu faço com prazer,
Porém eu devo dizer
Que não recebi um tema.
Mas vou levando meu lema
De história e poesia,
Sem nada de fantasia
Para não ser mentiroso.
Presenciei orgulhoso
O que a garota fazia.

Levou a vida à vontade
Também fazendo faceta,
Pedalava em monareta
Pela ruas da cidade.
Ainda com pouca idade
Na sua boa maneira,
Queria ser a primeira
Do seu grupo de estudante.
E assim seguiu adiante
Nossa pequena guerreira.

Fafá teve as proteções
De São Raimundo Nonato,
Com seu esforço sensato
Superou limitações.
Aprendeu bem as lições,
Estudando o português
E o latim e o inglês.
E aquela batalhadora,
Tornou-se uma tradutora
Do idioma francês.

A Fafá Deus ensinou
Que não existe carência,
Lhe benzeu com inteligência
Que ela logo adotou.
E assim Fafá superou,
Tocando a bola pra frente
Mostrando pra nossa gente.
Que só tem dificuldade
Quem não tem capacidade
De segurar o batente.

Mundim do Vale



15 de julho de 2013

MENSAGEM DEDICADA AO SENHOR JOÃO BITU.

Senhor João:

É confiando e sendo fiel que Deus nos mostrará o caminho a seguir.
Estou dedicando essa mensagem ao senhor em demonstração a amizade e o enorme carinho que tenho pela sua pessoa e, agradecendo a consideração que a mim é dedi-
cada. Sempre oro por sua saúde e bem estar.Sou orgulhosa por ter sua amizade.  
Abraços da amiga:
FIDERALINA.

TRISTE REALIDADE - por João Bitu




Tudo passa sobre a terra!...
Até as boas amizades
Que só nos deixam saudades.
Quando o  bem querer encerra

O futuro é um mistério
Nada se pode prever
O que tem de acontecer
Ocorre por seu critério!

Por mais que se estime alguém
 colhemos o desdém
O estimar que é bom decai

Tal  como as nuvens que passam
E as estrelas que se ocultam
A amizade assim se esvai!

João Bitu
 
IMPOSSÍVEL ESQUECER
A SAUDADE MATA A  GENTE           
 
                                       
                                                                 Dick Farney e  Lúcio Alves
                                                                                   

 

14 de julho de 2013

Tudo Outra Vez





Há tempo muito tempo que eu estou longe de casa
E nessas ilhas cheias de distância 
O meu blusão de couro se estragou
Ouvi dizer num papo da rapaziada 
Que aquele amigo que embarcou comigo
Cheio de esperança e fé, já se mandou
Sentado à beira do caminho pra pedir carona

Tenho falado à mulher companheira 
Quem sabe lá no trópico a vida esteja a mil
E um cara que transava à noite no "Danúbio azul"
Me disse que faz sol na América do Sul
Que nossas irmãs nos esperam no coração do Brasil

Minha rede branca, meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde que vem vindo do estrangeiro
O fim do termo "saudade" como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar

Gente de minha rua, como eu andei distante
Quando eu desapareci, ela arranjou um amante.
Minha normalista linda, ainda sou estudante
Da vida que eu quero dar

Até parece que foi ontem minha mocidade
Com diploma de sofrer de outra Universidade
Minha fala nordestina, quero esquecer o francês
E vou viver as coisas novas, que também são boas
O amor/humor das praças cheias de pessoas

Agora eu quero tudo, tudo outra vez
Minha rede branca, meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde que vem vindo do estrangeiro
O fim do termo "saudade" como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar

Gente de minha rua, como eu andei distante
Quando eu desapareci, ela arranjou um amante.
Minha normalista linda, ainda sou estudante
Da vida que eu quero dar

Link: http://www.vagalume.com.br/belchior/tudo-outra-vez.html#ixzz2Z2b4EnwP









Jamais! Je ne vais jamais oublier mon français avec  l´accent du Nordeste.




13 de julho de 2013

LE 14 JUILLET






Paris é uma Festa no 14 de julho!

Dedico esta postagem aos ex-alunos, àqueles que admiram a cultura francesa em geral a meus colegas professores que já tiveram a oportunidade de assistir essa bela festa cívica e sobretudo àqueles que um dia terão a honra de vê-la de perto. O passado histórico  na França é muito respeitado.
  
LIBERTÉ, 

ÉGALITÉ

FRATERNITÉ





Allons, enfants de la Patrie!







12 de julho de 2013

Refletindo...

A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.
O câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.
E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?
A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.
O caminho para a felicidade não é reto,
existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamados Amigos ,
luzes de precaução chamadas Família,
e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão,
um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado FÉ,
abundante combustível chamado Paciência.
Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado DEUS.

11 de julho de 2013

Uma rosa para uma Menina Moça



Menina e moça

Está naquela idade inquieta e duvidosa,
Que não é dia claro e é já o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.

Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem coisas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.

Outras vezes valsando, e o seio lhe palpita,
De cansaço talvez, talvez de comoção.
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita,
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração.

Outras vezes beijando a boneca enfeitada,
Olha furtivamente o primo que sorri;
E se corre parece, à brisa enamorada,
Abrir asas de um anjo e tranças de uma huri.

Quando a sala atravessa, é raro que não lance
Os olhos para o espelho; e raro que ao deitar
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar.

Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia,
A cama da boneca ao pé do toucador;
Quando sonha, repete, em santa companhia,
Os livros do colégio e o nome de um doutor.

Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra;
E quando entra num baile, é já dama do tom;
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra;
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon.

Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo
Para ela é o estudo, excetuando talvez
A lição de sintaxe em que combina o verbo
To love, mas sorrindo ao professor de inglês.

Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço,
Parece acompanhar uma etérea visão;
Quantas cruzando ao seio o delicado braço
Comprime as pulsações do inquieto coração!

Ah! se nesse momento alucinado, fores
Cair-lhes aos pés, confiar-lhe uma esperança vã,
Hás de vê-la zombar dos teus tristes amores,
Rir da tua aventura e contá-la à mamã.

É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!

Machado de Assis

(1839-1908)

( A uma sobrinha que ama o ballet, com carinho)





10 de julho de 2013

O QUE FOI UMA ÁRVORE DE NATAL por João Bitu



Ainda tremulando por força do escasso vento
Seus enfeites multicores em decoro cabal
O forte tronco moldado em Árvore de Natal
Repousa em seu canto em penoso desalento

Pouca coisa lhe resta do festejo  Natalino
A não ser alguns senões do gênero
Mais predomina o transcurso efêmero
Do que ali foi símbolo do evento JESUS MENINO

EIS que bem ligeiras duas mãos brutas
Agarram o caule para jogá-lo nas chapadas
Pois já é dia de Reis – A hora é chagada

Indiferentemente lançado em profundas grutas
Transforma-se em porções minguadas
E nunca mais será Árvore de Nada.

João Bitu
 
IMPOSSÍVEL ESQUECER
NEM ME LEMBRO MAIS
 
                                                                                             NELSON GONÇALVES
 

8 de julho de 2013

Férias de julho




Engraçado, ainda hoje me sinto uma colegial  curtindo férias sempre em julho: Educandário Santa Inês, Ginásio São Raimundo, (Várzea Alegre), Faculdade de Letras e Centro de Línguas - IMPARH (Fortaleza).

Mesmo afastada do trabalho há quase 7 anos,ainda não perdi esse bom hábito. Por que será? Acho que sei. Sou uma eterna colegial.
Meus irmãos, sobrinhos e amigos curtem férias também nessa época e eu acompanho todo mundo. Virou tradição tirar férias em julho e é nesse tempo que acontecem grandes encontros. Gosto desse aconchego.





                                Com a doce sobrinha - neta MARIA EDUARDA





                                                      Sempre curtindo a família, 





                                Com as irmãs e sobrinhas











6 de julho de 2013

A BITUZADA EM FESTA



A BITUZADA hoje está em festa recebendo a visita do irmão querido JOSÉ DENIZARD. 

A cópia fiel de JOSÉ BITU. 

Os irmãos e sobrinhos fazem fila para rever o bondoso DENIZARD vindo de CAMPINA GRANDE onde mora agora para abraçar tantos que o admiram. 

Sua doce presença nos enternece profundamente. Muitas felicidades,  irmão querido!