26 de abril de 2014

A CASA DA ADOLFO CAMPELO REPRISADO POR FAFÁ



Confesso que ainda tenho saudade
Da casinha da Adolfo Campelo
Tudo nela era só simplicidade
Por absoluta falta de zelo.
Os seus cômodos eram apertados
OS  quartos  não eram nem  fechados ,
Mas por ela  eu tinha um certo desvelo


Essa casinha, coincidentemente
Trouxe-me  bons fluidos e muita sorte
Parei de beber definitivamente
Quando lá andava para a morte,
Entregue ao álcool, por ele já vencido
No meio das  más companhias metido
Tinha o  tal  vício como único esporte


Com ajuda de Deus comprei pela Caixa
Aquele humilde teto onde morava
Utilizando a minha rendinha baixa
Investindo primeira vez eu me achava
Com muita vontade e a muito custo
Aproveitando o preço que era justo
Livrei-me do aluguel que pagava


Foi palco de puro ressurgimento,
Deixei de ser alcoólatra inveterado,
Quando sucedeu em feliz momento
Um tratamento em grupo efetuado
No qual muita coisa boa eu aprendi
E para glória minha consegui
A primeira e grande promoção no Estado


Nasceu o nosso filho mais novo
Num imóvel ligado à mansãozinha
Em tudo houve um especial renovo
Para honra e felicidade minha
Sem pretender me fazer misterioso
E nem tão pouco superssticioso
Muito atribuo a doce e amada casinha


E é por isso que sempre quando recordo
De tais coincidências curiosas
Que sejam coincidências não concordo
Creio mais em dádiva milagrosa
Que do Céu para mim foi enviada
Pelo endereço da casa abençoada
Que abrigou minha alma venturosa


João Bitu


Esta poesia vai com endereço especial  para  FÁTIMA BITU que é identificada  com  o cenário e com os fatos que  deram origem à mesma e,  carinhosamente,  para a minha amiga FIDERALINA  que outro dia me perguntou:
 - Qual vai ser a próxima e eu lhe respondi  “DEUS PROVERÁ”.

2 comentários:

  1. RANCHINHO DE SAUDOSA MEMÓRIA
    BOA FASE DE NOSSA EXISTÊNCIA

    João Bitu

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  2. Confesso que foi a melhor época da minha vida: minha juventude na Adolfo Campelo., VOLTE SEMPRE,
    Fafá

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