19 de setembro de 2014

PLACIDEZ - por João Bitu (Reprise)



Já bem próximo dos oitenta
Eis que a vida se afunila
Não é mais só quarenta.
A temperatura oscila
O bem estar entra em pane
E daí ninguém se engane
Adeus à vida tranqüila!


Em razão de qualquer fato
Por mais simplório que seja
Vem pesar de imediato
Quando menos se deseja
Para não ser regressivo
Nem tampouco depressivo
Que o Senhor me proteja
!

Apesar desta idade
Vou seguir se Deus quiser
Revivendo a mocidade
Até quando força houver
 Digo com toda certeza
Vou mandar minha tristeza
Para outro lugar qualquer

Quero apenas ser olhado
Com bons olhos ao redor
Não sentir-me alijado
Pois ser mal quisto é o pior.
Necessário é ser amado
Com carinho e ser tratado
Para me sentir melhor

Que justiça seja feita
A quem a fez com fervor
Compensar toda desfeita
Com juízo e destemor
Destinando com ternura
A toda e qualquer criatura
Muita paz e muito amor

A mais pura das virtudes
É saber retribuir
Com decentes atitudes
Que de nós possam fruir
É dar com graça e decência
Elegância e transparência
Só visando o porvir

João Bitu
 

 

2 comentários:

  1. Meu amigo João tu es grande mesmo querendo ser pequeno,admiro D+ vc por saber ser e não querer que saibam.Um grande abraço de um que, talvez , pense como vc pensa.Fátima vc merece um livro de um bom poeta,aguarde...

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  2. Lisboa, meu irmão é de uma simplicidade fora de série. Ficarei aguardando o livro, sei que está em boas mãos. Obrigada,
    Fatima

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