O CHALÉ DE TIA IZA
Nas rotineiras andanças
Quando em Beberibe chego
Ao encontro de sossego
Sinto de pronto lembranças
Dos bons tempos de criança.
Em recordações me entrego
E fortemente me apego
É difícil esquecer
Tem que ver para crer
Como se torna meu ego!
.
.
Sempre trago na memória
A forte recordação
De sentir a sensação
Da sublime trajetória
No início de minha história.
Aí surge em um lampejo,
Aquele intenso desejo
Com enorme intensidade
De voltar com brevidade
Ao meu doce lugarejo.
.
.
As residências singelas
De tijolo e sem reboco
Não são de estilo barroco
Porém são muito belas
Bonitas como só elas!
O decoro as enfatiza,
Para gostar se precisa
Com muito zelo atentar
Vale muito observar
O Chalé de Tia Isa!
.
.
Ela e Tio Chiquinho
Seu esposo bem amado
Homem bom e estimado
Ocupavam-no sozinhos
Desde quando eu pequenininho.
As filhas com os seus pares
Moravam noutros lugares
Por força dos casamentos
Só os viam por momentos
Não obstante os pesares!
.
.
Naquela casa, entretanto,
Não faltava companhia
Tinha bastante alegria
Toda a família, porquanto,
Punha a saudade a um canto!
Em qualquer ocasião
Era clima de diversão
Uma coisa impressionante
A ternura ali reinante
Guardo no meu coração!
.
.
Ficava junto ao Machado
Bem na beira do Riacho
E tanto mais assim eu acho
Por suas águas molhado
Era bem mais estimado!
Olvidar é inevitável
Totalmente inviável
Tão lindo e bençoado
O meu doce povoado
De clima alegre e saudável!
.
Salve, salve meu sertão
Terra de amor e paz
Aonde o homem é capaz
De viver com emoção
Seu amor, sua paixão!
Terra só de encantos
Em todos os seus recantos
Onde se ver alegria
Beleza e harmonia
E outros prazeres tantos!
João Bitu
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João,,
O blog fica mais rico com a sua poesia. Receba o abraço de aniversário daquele bom encontro em Beberibe e os nossos parabéns pela homenagem ao CHALÉ DE TIA ISA.
A BITULÂNDIA
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