6 de julho de 2013

AUTOCRÍTICA - João Bitu


 

Era uma vez um garotinho feio
De aparência triste, semblante místico
Que a tudo sempre assistia de permeio
Acanhado de seu corpinho raquítico
Fugua......

Fugia e de si mesmo se escondia
Tão complexado chegava a ter medo
De tudo quanto em redor sucedia 
De qualquer coisa cismava em segredo,
Desconfiava...
 
E quanto mais alguém lhe incentivava
Mais lhe crescia o acabrunhamento
Em meio às pessoas se embrenhava        
 Preso sempre a um descontentamento
Absoluto...

Mas em tempo brotou um salvo-conduto
Uma ânsia intensa de liberdade
Carecia apenas coragem, contudo.
Por força de muito boa vontade
Adquiriu...

Pouco a pouco venceu e se redimiu
Da timidez passou a ousadia
Da inércia e do medo ressurgiu
Destemido tornou=se no dia a dia
Audaz

Sem preconceitos tornou-se um bom rapaz.
Na vida só interessa o que nos importa
Buscou em tempo tudo que se é capaz
Desfrutar todo bem que à alma conforta
Aprendeu...

Que um dia foi feio na vida esqueceu
Também minimizou o seu raquitismo
Que de início a si tanto mal ofereceu
Expondo-lhe sempre ao inconformismo
Total...

Graças à bondade do Pai celestial
Que a tudo assiste com amor sempiterno
Toda aquela fragilidade material
Transformou-o só em vigor moderno
Cheio...

O tal garotinho triste, amargo e feio
Se alguém quer saber, por ventura, quem é
Cujo não via de frente senão de permeio
Salvo por si, aqui está com toda sua fé,
EU,

 
João Biitu
I
IMPOSSÍVEL ESQUECER
QUERO BEIJAR´TE AS MÃOS
                                                                              Trio Irakitan

 

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