---------------------------Pobre-diabo----------------------
Natural do sanharol
Da Várzea-Alegre atual
Admirava o carnaval
Mas tinha que ficar só
A timidez era pior
Uma ruim companheira
Tinha medo de ir na feira
Só saia com a vovó
Tinha inchado o mocotó
Canela fina e barrigudo
Mais velho e o mais meudo
O povo até tinha dó
Magro era pele osso e pó
Com um olhar de coruja
A camisa de saco e suja
E um cinto de cipó
Depois que fiquei maio
Já carregava os dezenove
Corri feito um automóvel
Procurando vida melhor
Agora independente
Completo de alegria
Mas me vem a nostalgia
Do tempo que tinha dentes
Mesmo só com os da frente
E parecendo um gastor
Isso ainda tem valor
Para me deixar contente
E melhor que muita gente
Consigo roer um pequi
Pra lembrar do Cariri
E um pouco mais à frente
Ver o alto do Tenente
Ficar olhando a lagoa
Dizer que LUIZ LISBOA
Não quero ficar ausente
E na hora da minha partida
Quero que a última saída
Seja da capela de São Vicente.
Luiz Lisboa,e Adamastor narrando o enterro,"quebra a direita, ,passa em frente a Matriz, dobra a esquina de Zé Bitu, passa pelo cruzeiro,chora um menino, lateral da capela de Santo Antônio e agora chegando ao cemitério da saudade, abre o portão joga na cova, um resmungo e 3 ou 4 pás de terra,pronto tá plantado...
Fátima , vc já ouviu o Adamastor Pitaco narrando um enterro,assim me vi um dia no futuro,saindo da capela de São Vicente até o cemitério da saudade.
ResponderExcluirVi e achei intressante mas não dobra mais o beco de Zé Bitu. O percurso é biem outro. Coisas de Várzea Alegre que a gente precisa aceitar, rs. Mudanças e mudanças, doa a quem doer.
ResponderExcluirAlém de TERRA DOS CONTRASTES agora digo mais TERRA SEM MEMÓRIA.
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