30 de janeiro de 2013

Sou mais ou menos assim



Sou do tempo em que se valorizava a família, o lar, a opinião dos pais...

Tinha-se apego ao lugar onde nasceu, aos costumes, à memória...

Brincava-se  de roda, de pedrinha na pracinha do lugar. Aliás brincava-se na rua mesmo, se estudava por prazer e não para ganhar presente, a gente sonhava em aprender, ler por curiosidade.

Não havia acesso a grandes bibliotecas, mas a gente escrevia mesmo assim, se errasse, repetia várias vezes.

Tinha o diário, falava tudo que acontecia, nada de ficar colado num computador.

A gente curtia mesmo era a calçada, a passagem do alfinim, o amigo distraído que esqueceu a folhinha verde, a chegada do circo, do parque de diversões, a amplificadora do lugar...

Nada de segunda intenção ao fazer e/ou pedir, a gente adorava a gentileza em fazer algo por alguém. Naquele tempo, os pais, padrinhos e os mais velhos eram respeitados.

O amor não virava propaganda, a gente sentia mesmo e era verdadeiro. A memória de nossas cidades era respeitada. Sou saudosista  assumida.



2 comentários:

  1. É...

    Fátima:

    Você tocou no meu ponto franco. sou um saudosista assumido.

    Gostei muito de conhecer suas doces lembranças.

    Me bateu uma nostalgia que deu um nó na saudade.

    Há muita coisa bela e boa para ser lembrada. As vezes levantamos a tampa do nosso baú de recordações e saem verdadeiras histórias recheadas de verdades, ternura e SAUDADES dos velhos e bons tempos.

    Valeu

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  2. Pois é, Vicente, temo ser repetitiva mas é meu estilo. Seu comentário faz toda diferença para mim. Quando tiver um tempinho, formate A DOCE LEMBRANÇA acima. Confesso que não consegui melhorar, isso fica para um certo cratense ALMEIDA.
    Bom retorno,
    Fátima

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