Quando
se me abriam as portas das férias
Era
como se acabassem as coisas sérias
-Havidas
de fevereiro a maio, lembro,
Igualmente
de agosto a novembro-,
E
o colosso das férias nos acatasse
E
a canseira escolar nos deixasse
Aos
braços agradáveis do repouso
Dum
ano letivo árduo e custoso
E
que nada mais nos importasse
Uma
contundente alegria me assiste
Mesmo
antes que a paz me integre
Com
esmero às delícias de Várzea Alegre
Quando
tão só alegria ali existe
E
por todas as férias subsiste
Parece
um paraíso de fato
Sossego,
paz e muito aparato
No
meio de meus bons amigos
Uma
só coisinha mexe comigo
A
indisfarçável saudade de Crato !
Como
era bom estar em nossa terra
Ao
sentir o seu natural perfume
Reassumir
com afeto os seus costumes
Rever
as suas árvores por entre as serras
Até
onde a nossa vista encerra.
Assim
foi em minha adolescência
De
que guardo até hoje sua essência
Com
ternura, amor e muita emoção
Bem
no íntimo de meu coração
Como
o ápice de minha existência
Furtivas
serestas feitas com amor
Sem conhecimento de meus velhos
Que
não obstante ouvir os seus conselhos
Fazia
ouvido de mercador
E
as realizava sem temo
Depois
dumas doses de Paraty.
Tarde
Fria e a Pérola e o Ruby
Naquela
época as mais solicitadas
Eram as canções então mais cantadas
Na
voz inconfundível de Cauby
E
também igualmente sedutora
De
Capiba, compositor de primeira
Tocava
quase a noite inteira
Nos
auto falantes da Amplificadora
A
novidade mais comovedora.
Era
duma audiência tamanha
Trazia
recordações instantâneas
Enchia
a todos de perplexidade
Proporcionado
muita saudade
-Com
a música Maria Betânia
Quanta
saudade hoje eu tenho
Daquelas
ousadas aventuras
Que
para mim eram meras bravuras
Que
as praticava sem o menor empenho!
Hoje,
entretanto, só as desdenho,
Pelas
noitadas tão inconseqüentes
Afora
isto digo francamente
Sinto
agora uma saudade malvada.
-Como
queria em minha terrinha amada
Gozar
umas férias novamente!.
João
Bitu
IMPOSSÍVEL ESQUECER
FELICIDADE
Agostinho dos Santos
A
Sr. João:
ResponderExcluirDe acordo com a minha irmã: LISIEUX; que já nos deixou, SAUDADE não se mata - VIVE-SE!
A sua poesia está bem viva na sua memória e isso faz muito bem ao EGO. Continue escrevendo o que lhe vem na alma e nos presentei com alguns minutos de lazer com a leitura de suas poesias.Recordar tudo que já viveu, que já lhe deu alegria, merece ser externado sim!
Faça sempre, não deixe escapar seus sentimentos e suas recordações revivendo momentos agradáveis ou às vezes involutários, mas faz parte!
Abraços Fideralina.
Sr.João:
ResponderExcluirDe acordo com Fideralina: leia novamente tudo que ela escreveu,muda só o final, o nome.
Abraço Luiz Lisboa.
Lisboa,
ResponderExcluirTenho muito orgulho quando vejo tais comentários, sou suspeita para elogiar mas lhe digo do fundo do meu coração: sou grata a vocês por prestigiarem o trabalho do meu irmão. E digo mais: ele é muito mais poeta pessoalmente, com seu carisma. Pergunte a Vicente Almeida que ele vai confirmar o que acabo de dizer. Qualquer dúvida, pergunte também a Fideralina que o conhece bem mais ainda. Abraço Fafá