26 de abril de 2012

A gente se adora - por Fafá Bitu


A nossa amizade foge a qualquer rótulo de "eu sou mais,você é  menos". Somos iguais nas nossas diferenças.Mesmo longe ou até mesmo pertinho se uma sofre a outra sofre também. Não precisa ninguém avisar que algo está acontecendo: a gente pressente.A gente ri, a gente chora, ah... a gente se adora. Eu posso estar no Japão ela no Jatobá, estaremos sempre antenadas. Uma procurando ajudar a outra em qualquer situação. Nessa hora não somos irmãs, somos apenas amigas.  E é uma amizade espontânea, aconteceu depois de adultas. Eu vim estudar em Fortaleza ela ficou em Várzea Alegre cuidando de seus filhos na casa de meus pais. à medida que eles vinham estudar aqui, ela foi ficando cada vez mais sozinha: da casa, para o trabalho e a faculdade no Crato. Eu ia nas férias, rever a família, chegava na madrugada e era difícl encontrar espaço naquela casa grande da Major Joaquim Alves para nossas conversas íntimas..havia sempre alguém nos vigiando mas não tinha jeito. Ela me contava tudo, eu tentava sanar as situações que ela não conseguia resolver sozinha e tudo voltava ao normal. Quando seus 3 filhos já estavam instalados aqui comecei a batalhar pela sua  tranferência do  trabalho e da faculdade. O processo correu tão rápido que nem deu tempo trazer o mais novo que era o bebezão de papai e Raimundo; precisávamos  preparar o espírito deles para a saída.Essa parte ficou a critério de  Denizard, Isabel e Zezê que na época ainda moravam na terrinha. Seis meses depois o famoso filho mais novo  veio compor a nossa linda família em Fortaleza que na altura do campeonato já ocupava  3 casas na famosa rua Adolfo Campelo: a de João,  Cícero e Socorro que nessa época era a mãe de todos ali.Costumo dizer que éramos mais aproximados nessa época. Os filhos  da viúva muito estudiosos brilharam nas faculdades da vida, galgaram bons empregos, casaram, lhe deram lindos netos e hoje ela curte essa turminha ao mesmo tempo que é a "RAINHA DO LAR, A DONA DE TUDO". De tão cuidadosos que são com essa  dileta mãe, achei que era o momento de deixá-los cuidar.Moramos distante. Nossa amizade continua cada vez mais forte, sempre digo: somos mais amigas que irmãs. Se eu souber que ela está sofrendo algo calada, me desloco de minha "maison" com  Zezê discretamente... nossa simples presença  atenua a situação. Pegamos a digital e saímos por aí fazendo caras e bocas. É sempre muito agradável esse encontro, voltamos conscientes de  que fizemos uma boa ação. Embora tenhamos mundos diferentes não conseguimos passar muito tempo longe.Que Deus abençoe nossa amizade!



Que Deus abençoe seu caminho!



3 comentários:

  1. Muito interessante o que acabamos de ler. Amizade verdadeira é isto aí, sem rodeios, sem domingos e feriados e nem outras explicações.
    Amizade é estarmos presentes quando o nosso próximo sente a ausência de alguma coisa ou de alguma pessoa. É a participaão de nossa presença.
    A nossa presença aí é a presença do que lhe faltava: PAZ E AMOR.

    João Bitu

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  2. Parabéns Maria de Fátima. Pelo que conheço da Bitusada sua postagem diz o quanto são amigos e solidários uns com os outros.

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  3. João,

    É sempre bom ver um comentário porque nos estimula a escrever mais.

    Fridda,

    A BTIUZADA é mais ou menos assim. Abraço de Maria de Fátima

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