1 de abril de 2012

A GRANDE ORAÇÃO - Por Vicente Almeida

A GRANDE ORAÇÃO
Fragmentos na história


Ao longo do tempo, no meio de muitos povos, sempre existiram pessoas que se preocupavam em cultivar a sua religiosidade de uma maneira mais intensa e carinhosa, com o objetivo de agradar ao SENHOR.

E para ter um controle sobre a quantidade de orações que executavam,  adotavam marcá-las utilizando algum artifício: como contagem nos dedos, usando pequenos ossos, gravetos de madeira ou pequenas pedrinhas redondas, para terem um controle certo sobre a sequencia de suas preces. Havia religiosos que conduziam em um bolso secreto uma quantidade de pedrinhas para seus momentos de orações. Assim surgiu a idéia do Rosário.

Esta prática é confirmada pela história, porque era um costume usado com frequência por muitos cristãos, diversos monges e eremitas do deserto, no alvorecer do cristianismo.

Aqui no Ocidente, esse hábito também foi cultivado pelas pessoas piedosas e adquiriu um forte incremento no final do século X, quando os fiéis rezavam o "Pai-nosso" diversas vezes seguidas, como gesto de humildade e súplica de perdão pelas faltas cometidas, da mesma forma que declaravam perdoar as pessoas que cometeram faltas contra eles.

Com a finalidade de favorecer tais exercícios de piedade, foram confeccionadas correntes que facilitavam a contagem das preces. Essas corentes eram divididos de dez em dez anéis, sendo o ultimo mais grosso para facilitar a contagem e eram chamados de "Paternoster".

No Concílio de Êfeso no ano 451, foram reconhecidas as prerrogativas especiais de MARIA dadas pelo CRIADOR e foi decretado o Dogma da Maternidade Divina da MÃE DE JESUS.

No dia de encerramento do Concílio, depois de palavras admiráveis dos Padres Conciliares, que ressaltaram as virtudes e as prerrogativas especiais de Maria, mãe de Jesus, Sua Santidade o Papa Celestino emocionado e com lágrimas nos olhos, ajoelhou-se perante assembleia e respeitosamente saudou NOSSA SENHORA, pronunciando: "SANTA MARIA, MÃE DE JESUS, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém".

Na continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de JESUS escrito por Lucas 1,26-38 "Ave cheia de graça, o SENHOR está contigo!" e ainda a saudação que Isabel fez a Maria, quando Ela foi a Ain Karin para ajuda-la nos três últimos meses de gravidez.

Sua
prima Isabel era idosa e necessitava de companhia. Ao vê-la disse Isabel saudando-a: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre." (Lucas 1:42). Estas três saudações foram unidas em uma só oração surgindo assim a AVE MARIA.

Todavia, a primeira manifestação efetiva a respeito do Rosário, ocorreu no ano 1204.  Dizem que NOSSA SENHORA sempre bondosa e complacente, apareceu a Padre Domingos e lhe ensinou a rezar o Rosário, como forma eficaz de combater a heresia e converter as pessoas.

Duzentos anos depois o monge cartuxo, Henrique de Egher ou de Calcar, em 1408, redigiu um poema intitulado "Psalterium Beatae Mariae", no qual estimulava a recitação de um "Pai-Nosso" antes de cada dezena, ou seja, de dez AVE MARIA. Assim foi criado o rosário.

O Terço resultou de uma divisão do Rosário para facilitar a oração. Assim os devotos podiam rezar  um Terço do Rosário pela manhã, outro ao meio dia e outro a tarde.

Como podemos ver nada surge por acaso, num passe de mágica. O Rosário ou o terço que hoje conhecemos dependeu de milhares de anos para ser transformado em uma perfeita oração.

Nos século XIX e XX, quando N.S. apareceu em Lourdes na França e em Fátima Portugal, recomendou resar o Rosário como forma de unir as famílias em torno da oração e assim entrar em sintonia com o Criador.

No limiar do Século XXI o Papa João Paulo II acrescentou um Terço ao Rosário, ficando quatro Terços.

Estranho não é? E aqui está a grande curiosidade: É o único inteiro que quando dividido em quatro teremos quatro terços e não quatro quartos.

Tenha uma ótima Semana Santa.

Escrito Por Vicente Almeida
01/04/2012

2 comentários:

  1. Confesso que sou fã de suas postagens há muito tempo mas A GRANDE ORAÇÃO foi demais. Tenha uma ótima Semana Santa!
    Maria de Fátima

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  2. E muito bem escrito. Tanto conhecimento, tantos fatos reunidos de tanta importância para nós cristãos, tanta sabedoria demonstrada em uma história de religiosedade cristã, somados à cultura do apresentador, deixam-me em estado de insignificância cultural
    para comentar.
    Vicente você superou a tudo e a todas, eu diria que até a você mesmo. Agadeço por esta página de conhecimentos que vou buscar assimilá-los nem que seja em parte,
    João Bitu

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