10 de novembro de 2013

E Agora, Fafá?







 Minhas amigas  festejando o 2 vezes 30 e eu ansiosa, afinal, estou quase chegando lá, sentindo-me uma adolescente esperando a grande data. Parece até que vou debutar e fico me perguntando: onde foram parar todos esses anos?

Às vezes volto ao tempo daquela menina assustada que chegou no EDUCANDÁRIO SANTA INÊS enfrentando colegas da pesada, revejo também aquela professorinha ingênua que enfrentou sua primeira turma. Continuo sendo aquela irmã saudosista que viu seus irmãos saírem para estudar fora, casar e eu sabendo que não teria a menor condição de sair de perto de meus pais. Passei  pela tal crise dos 30, mas estava ocupada demais com os livros, já pensando no meu futuro. Aos 45  alimentei o sonho da famosa viagem à França.

Os 50   me encontraram já chegando à aposentadoria e cuidando da minha irmã com Alzheimer. Fiquei tão absorvida diante de tanta responsabilidade que nem notei a passagem da menopausa e da aposentadoria.

Agora aos 59 anos, me pergunto onde está a coroa que eu esperava ser nessa idade e onde se escondeu aquela jovem sonhadora que se olhava no espelho todas as manhãs....
.
Enfrentei 3 reformas ortográficas, relutei por um tempo em aprender a  linguagem da informática.Hoje sou muito  ligada por causa das traduções.  Adoro montar fotos e emoções diversas, pesquiso muito, sou blogueira formando um grupo com quem  componho a minha história
.
Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo tendo sonhos, projetos, faço caminhadas matinais com minha irmã Zezê,  me alimento moderadamente e durmo bem, gosto de fotografia, música, leio muito e viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer.

Desde que me aposentei como professora de francês, faço tradução quando me é conveniente e se o assunto me interessar.

Cuido  da minha aparência, deixei de usar óculos(13 e 15 graus) graças à famosa redução de miopia. Há marcas do tempo, e não somente rugas e uns quilos a mais, mas também cicatrizes na perna esquerda vitimada da poliomielite.

  Dos meus 59 anos?

Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente:  a TPM passou a significar “Tranquilidade Pós-Menopausa”.

Os familiares e amigos que o digam.



Nenhum comentário:

Postar um comentário