23 de agosto de 2014

MEDALHA PAPAI RAIMUNDO 2014

 
 
 
 
 
 
"No dia 03 de março de 1952, nascia na cidade de Várzea Alegre um dos seus filhos mais ilustres: PAULO CÉSAR CLEMENTINO

Um dos mais novos filhos do casal Lourival Clementino do Nascimento e Emília Maria da Silva, mais conhecidos como Seu Lourival e Dona Emília
Uma família de poucas posses, mas de grandes valores.

Seus pais muito cedo lhe ensinaram os caminhos da vida e ainda na adolescência começou a trabalhar para ajudá-los na capital cearense, onde estudou no Colégio São José e no Liceu do Ceará.

Ainda muito jovem trabalhou arduamente como chapeado, foi também ascensorista, trabalhando tempos depois na empresa LTB – Listas Telefônicas Brasileiras.

Estudando muitas vezes dentro de um elevador, prestou concurso público para o Banco do Estado do Ceará, onde obteve êxito na aprovação. Assumiu o cargo de gerência de diversas agências do Estado do Ceará, por mais de 35 anos, atualmente é aposentado, mas continua exercendo as suas funções em agência do Banco Bradesco na capital cearense.

Tem quatro filhas e 6 netos: Micheline a mãe de Mariana e Breno, Emília Simone a mãe da Laurinha e do anjinho Miguel, Andréa Paula a mamãe do Cláudio Filho e do Calil, e Isabella, a filha mais nova.

As grandes histórias dos grandes homens assim começam a ser contadas: um homem simples, batalhador, que constrói sua família, que luta e que vence.
Mas, esta história tomou rumos diferentes...

PAULO CÉSAR CLEMENTINO, não é apenas mais um homem trabalhador, que tem na sua profissão a estabilidade necessária à vida, ele tem a música nas veias, nasceu com ele e renasce a cada inspiração.

Uma história que vem sendo escrita em versos, em canções, em composições...

Em meio a muitos desafios, conquistas e vitórias não lhe faltaram inspirações, sejam expressas pela saudade das “coisas do seu torrão” amado e a constante vontade de “voltar à sua terra”, à sua “Várzea Alegre de Contrastes”.
Em 1974, compôs a música “Minha Alegre Várzea Alegre, vim cá ver-te outra vez” e em 1975 nasce a canção “Riacho do Machado que banha a Terra onde eu nasci” que mostra o amor e apego à terra natal

A família aos poucos foi crescendo, e em 1976 nasce uma nova canção com a chegada da sua primogênita: “Micheline, é a razão do seu viver, é seu sonho colorido, é seu mundo, é sua paz, é o fruto por Deus oferecido”

Vieram muitas canções dedicadas à sua “santa mãezinha” que falecera em 1977, quando ainda era muito jovem. Esta saudade ainda é inspiração forte para suas composições

Em 1978, nasce mais uma composição com a chegada de: “mais um pedaço da sua vida: Emília Simone, sua filhinha muito querida”

E é também em 1978, que o Trio Nordestino grava a música “Chinelo de Rosinha”, uma de suas composições feita ainda na adolescência e em parceira com o seu irmão Zé Clementino e a sua mãe

Em 1979, nasce a filha mais nova Andréa Paula sua mais “linda menina, Deinha, sua inspiração”

Aprendeu “os caminhos da vida, e a vida como ela é” com seu “dileto companheiro, conselheiro inseparável, seu amigo verdadeiro”: seu Pai, que na década de 80 seguiu o caminho de Deus, pois não pôde ser interrompido pela vontade dos Homens
 Em suas composições é forte a presença de “Jesus, essa Luz Divina, que sabe seus sentimentos, que ouve suas orações. Orienta os seus passos e as suas canções”
Como um apaixonado pela vida, sentiu em suas canções a dor: “A dor do amor”, a dor da perda, a dor da saudade.

A desigualdade no mundo, a “fome” e o flagelo da seca fazem parte de suas composições como forma de denunciar as mazelas da sociedade.
 Com “Os Vaqueiros e a Boiada”, gravada por Messias Holanda, expressa em 1986 seu respeito ao “vaqueiro brasileiro, nordestino, cabra macho destemido” que corre sem temer o perigo.

“O galo rei do terreiro” com seu “canto despertador”, foi mais uma de suas músicas gravada por Sirano.

“Quando tem forró”, “dançar colado, coladinho é gostoso”, “só se for à noite”, “um passo em falso”, “carente de amor”, são algumas músicas gravadas que buscam manter o estilo e a tradição do imortal Gonzagão.
As composições continuaram e continuam...

O amor, a amizade e o companheirismo existentes entre PAULO CÉSAR CLEMENTINO e o seu irmão ZÉ CLEMENTINO renderam grandes composições inéditas e algumas divulgadas.

Em 1998, numa parceria com Zé homenageia o “pequeno Frade Capuchinho, protetor dos nordestinos: O Frei Damião”

Em 1999, com a parceria da sua irmã mais nova Sônia Climenia nasce mais uma inspiração: os 50 Anos de história de ensino da Escola José Correia: “No Zé Correia seu futuro começou”.

Nos versos da canção para “Mariana” é notável o amor e o orgulho de ser avô pela primeira vez em junho de 1999: “Tô esperando , esperando preciso logo te ver, o tempo demora, demora não passa, tô esperando você. Vem Mariana trazendo um sorriso bonito”
Ainda no ano de 1999, compõe a música: “No Ceará tem disso sim”, mais uma manifestação de homenagem à “nossa cultura inesgotável e dos grandes escritores e compositores”. Também em 1999, tem a sua música “Saiu dizendo que não voltava não, deixou sofrendo o meu coração...” gravada por Sirano.

Prestou também homenagem com uma música ao grande amigo e conterrâneo Otacílio Correia, ao “homem da Confiança, que com trabalho e esperança construiu o seu império, apesar do seu jeito divertido nunca saiu do sentido que a vida é um negócio sério”
Ele “joga essa bola pra frente” e faz homenagem ao tetracampeonato da seleção brasileira do futebol.

A sua homenagem à nossa Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro, veio em forma de canção, pois “são 30 anos de muito samba no pé, 30 anos de alegria, 30 anos de folia, 30 carnavais”

Ao LIONS Clube de Várzea Alegre, PAULO CÉSAR CLEMENTINO simbolizou sua homenagem em palavras: Liberdade, Inteligência, Ordem, Nacionalidade, Serviço.
Em meio às conquistas pessoais, muitas outras profissionais. Vieram também as colaborações com os amigos que disputavam campanhas políticas, através de jingles e músicas inéditas. Destas experiências nasceram, inclusive em parceria com Zé, grandes homenagens aos distritos da sua terra natal como: Ibicatu, Riacho Verde, Canindezinho e outros hinos e jingles que marcaram a história da política de Várzea Alegre e tantas outras cidades.
A música também se faz presente na sua vida profissional, certa vez ao participar de um seminário, ouviu de um de seus colegas de trabalho a inspiração para uma nova canção: “Nosso ego esvazia-se e todo dia precisa de uma bombadinha para recarregá-lo”.
Em 2004 prestou homenagem aos 40 anos do Banco do Estado do Ceará com a música BEC 40 anos, destacando a experiência adquirida pelos funcionários ao longo da trajetória de sucesso do Banco que serve ao povo do Ceará.
E vieram também momentos de perda, onde cantou a tristeza com a partida de entes queridos que seguiram o caminho de Deus, foram-se para junto de Deus os inesquecíveis: Luís, Zé Almir, Luzineide, muitos outros com a mesma importância e o companheiro Zé, “simplesmente Zé”. Não a perda mais importante, mais a menos esperada

A partida de Zé mudou muita coisa. Foi-se o irmão, o companheiro, o pai. Veio a tristeza estampada na face, na ausência de sorriso, no jeito inquieto de ver e viver a vida.

Foram muitas as parcerias, os conselhos, as conversas gravadas ao telefone separadas pela distância, pela falta de tempo, pelas atribuições do dia-a-dia.
Certamente, a história perdeu um pouco do seu brilho. Mas, cremos que a parceria não foi interrompida, do céu lá para onde Zé se foi, muitas e muitas canções continuarão a ser cantadas e escritas ao lado de PAULO CÉSAR CLEMENTINO, e esta história continuará a ser contada e relembrada por todos como uma história de vida, de luta, de sucesso e de muitas composições."

P.S. : Os trechos destacados e entre aspas são citações de músicas e composições de PAULO CÉSAR CLEMENTINO, extraídos de seus arquivos pessoais, não sendo autorizada a reprodução parcial ou total sem a prévia autorização e menção do autor
 — com Andréa Paula e Micheline Bitu.
 
 
 
 
 
 

2 comentários:

  1. Por questões pessoais e de segurança gostaria de solicitar a exclusão da biografia que foi copiada do meu facebook. Emília Simone

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  2. Por questões pessoais e de segurança gostaria de solicitar a exclusão da biografia que foi copiada do meu facebook. Emília Simone

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