21 de junho de 2011

Essência

Tenho um sentimento confortável pela vida

Seja na dor ou no sorriso

Na alegria ou na sobriedade adulta

Porque reduzi meus anseios

Compreendi as utopias

E mudei as referências, aproximando-as da simplicidade

Onde estiver, serei apenas o que já sou

Mas trilho os caminhos de horizontes espirituais

Sem o misticismo doutrinado, ou a mitificação do incompreensível

Buscando evoluir nos limites do que está submerso potencialmente

Na aprendizagem e na leveza da sabedoria

No exercício do ser, em sua mais pura essência

Reconhecendo a vulnerabilidade do corpo

E elevando-me às fronteiras do espírito

Sem intermediários externos

Meditando sobre minhas ações

Sendo meu próprio preceptor

Tendo como único e suficiente princípio o fato ser humano

Este maravilhoso animal que bem sabe construir a destruição

Mas que, também, reconstrói seus sonhos, seus desejos, suas ilusões e fantasias

Com sua destreza e a criatividade artísticas

Essa bactéria infame, que infeccionou a terra viva

Mas carrega em si as emoções, o dom do amor e da amizade

Tenho um profundo desejo de atravessar meus dias em plenitude

Sem querer alcançar valores absolutos

Porém vivenciando toda a minha essência ontológica

Paulo Viana

Um comentário:

  1. Puxa, Paulinho, demorou mas trouxe uma postagem forte, me identifiquei em vários momentos ali mas não saberia jogar no teclado como você faz. Dá a impressão que você está conversando com a gente. Gostaria que você aparecesse mais vezes. Abraço Fafá

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