10 de agosto de 2012

A VILÃ DE UM EX-AMOR - por João Bitu

A VILÃ DE UM EX-AMOR

Sempre que nos afligem as saudades
Bem freqüentes e nada casuais
Através dos sonhos habituais
Que sucedem com intensidade,
Nossa dor evolui barbaridade!
As lembranças retornam à moradia
Com bastante audácia e ousadia
Suscitando um clima de amargura,
Mal estar e enorme desventura
Cruel solidão e melancolia

A dor duma paixão é mais ferina
Do que dores as mais angustiantes
Porquanto maltrata os amantes
Afetados pela triste e cruel sina
De uma saudade que jamais termina!
Nunca se consegue sair do abismo.
Nem deixar ficar no ostracismo
Aquele amor que tão amargamente
 Fez-nos submergir profundamente
Num oceano de inconformismo.

A saudade é lembrança indesejável
Que desponta na alma de repente
E se filia então alheiamente
De maneira rude e inevitável,
E de conseqüência incalculável.
Lembrança com tristeza empata!
Formam dupla a mais ingrata
Que de forma abrupta destrói
De pouco em pouco a tudo corrói
Sem qualquer  complacência mata.

João Bitu

Um comentário:

  1. Quisera eu estar à altura de um poema como esse, só me resta lhe parabenizar e agradecer por ser presença frequente aqui no ESCREVO O QUE SINTO. Gosto de quem valoriza esse espaço comentando..prestigiando. Acompanho todo dia o número de pessoas que olha nossos " posts" mas se omite em comentar. Respeito.

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