8 de agosto de 2012

SOM E SAUDADE - por João Bitu

SOM E SAUDADE

Nossa amiga foi embora
Sua mesa está vazia
Não mais canta todo dia
Como o fazia outrora...
Das suas canções agora
Só ficaram recordações.
Não seduz mais corações
Nem desperta mais ciúmes
...Levou o doce perfume
Junto com suas canções!

Quando abria o seu som
Que não era à energia
Sua voz doce e macia
De teor limpo e bom
Nunca fugia do tom
A melodia era tal
Que exorcizava o mal
E suscitava o bem.
Largou tudo neste além
E foi cantar em Sobral!

Adeus Baby Viviane
Inquieta e sem medo,
Que jamais fez um segredo!
Que sua Mãe de si se ufane
E tudo o mais que se dane!
Nada pesa na balança,
Você é muito criança.
Habitando em qualquer local
Em Fortaleza ou Sobral
Não deixe as aulas de dança.

Quanta dor ficou na gente!
Desta amável companheira
Daquelas tardes fagueiras
Em final de expediente...
Suas canções eram quentes
Num compasso melhor do mundo.
Deixou-nos em um segundo
Para tristeza iminente.
Partiu daqui bem contente
E foi cantar pra RAIMUNDO!

Tinha a cabeça bem feita
Fazia boas amizades
E sem qualquer vaidade
Era uma moça perfeita...
Jamais fez uma desfeita
Dela nada se reclama
Nunca lhe subiu a fama
Guardava a mesma postura.
Eu louvo tal criatura
Mais que eu ninguém a ama!
João Bitu

2 comentários:

  1. A minha posição diante desse belo poema é só elogio (mais um). Não me cabe fazer um comentário literário. Sua filosofia não deixa a desejar. A demonstração de carinho à amiga, creio muito merecida. Os amigos a gente não faz, sente.
    Um abraço da amiga que sempre tem só elogio e carinho ao GRANDE POETA!
    Abraços.

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  2. Minha estimada amiga Fideralina, boa tarde

    Quando vejo um comentário seu, antes de lê-lo com apuro assim como faço, sinto enorme alegria. A origem da iniciativa é garantia de delicada consideração pelos meus rabiscos.
    Você é muito valiosa para mim.
    Receba meu abraço de reconhecimento.

    João Bitu

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