10 de dezembro de 2012

Afinidade





Afinidade é um dos poucos sentimentos que
 resistem ao tempo e ao depois.
A afinidade não é o mais brilhante,
 mas o mais sutil, delicado e
penetrante dos sentimentos.
É o mais independente também.
Não importa o tempo,  a ausência,
 os  adiamentos, as distâncias,  as
impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo.
Ter afinidade é muito raro.
Mas, quando existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as
pessoas deixaram de estar juntas.
Afinidade é ficar longe pensando
parecido a respeito dos mesmos fatos que
impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.
 É receber o que vem do outro com
aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com,
Não é sentir contra,
Nem sentir por,
Nem sentir pelo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar, ou,
quando é falar, jamais explicar ,
apenas afirmar.
Afinidade é ter perdas semelhantes
 e iguais esperanças.
É conversar no silêncio,
 tanto nas possibilidades exercidas quanto das
impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação no ponto
  em que parou sem lamentar o tempo
de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades
 dadas (ou tiradas) pela vida.

( Texto de Arthur da Távola)

3 comentários:

  1. Passei lá no Vicente
    Lá deixei umas quadrinha
    Seria eu indercente
    Aqui não escrever a minha

    "Econversar em silêncio"
    Um bom Natal pra Fatinha
    E falando o que penso
    Mesmo na frase não sendo minha

    Um bom Natal para todos.

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  2. Pois é, passou no Vicente mas não esqueceu de sua amiga Fatinha. Um bom natal para vc e família. Volte sempre.

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  3. “Liga não, as pessoas são assim mesmo.
    Umas são o que são, outras fingem que são,
    algumas pensam que são, tem as que querem ser,
    as que não conseguem ser, as que precisam ser,
    as que cansaram de ser e as que vão ser…
    E tem muito mais, acredito.
    Mas a melhor de todas elas,
    são as que são e ainda nos fazem ser.”

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