Costumava dizer meu amado Pai
Com
a graça que lhe era peculiar:
Sempre
que se vai a algum lugar,
A
distância do ponto donde se sai
Até
ao lugar para onde se vai....
-Guardei
isto sempre de cor!
Parecia
que era muito maior
Pelo
menos nos dava a impressão
Isto
quando na primeira excursão,
A
volta era mais curta e bem melhor
Não
possuía bicicleta – dizia,
Justificava
de forma direta,
Ao
tentar montar-se na bicicleta
A
referida com ele não podia
E
fatalmente ao chão lhe sacudia.
Nunca
aprendeu na vida a andar
Nem
sequer quis um dia tentar
Por
mais que lhe fosse sugerido
Preferiu
então se dar por vencido
Na
difícil arte de pedalar
Detestava
tomar banho de mar
Achava
em casa sempre mais saudável
Muito
mais fria a água e agradável
Com
a vantagem de não se queimar
Nem
sua pele inteira descascar
Exposta
ao sol, ao sal, à marisia
E
o que muito mais lhe ofendia,
Ingerindo
somente água quente
Tendo
em casa abundantemente
Água
portável e sempre fria
Segundo
a mesma fonte eloqüente
São
somenos de variado gosto
O
que a muitos causa até desgosto
A outrem é, todavia, atraente
E
por que não dizer, refulgente?
Que
se faça tudo na santa paz,
Do
que queremos corramos atrás
Fazendo
tudo como nos convém.
Terra
de sapo de cócoras também.
Que se goste e faça tudo como apraz
João Bitu
Nenhum comentário:
Postar um comentário