29 de julho de 2011

Despedida de Iguatu para Fortaleza

È chegado o grande dia
Voltado p’ra Deus me valho
Pedindo força e energia
Sua benção, seu agasalho,
Vou partir para outras plagas
Deixando lembranças vagas
Aos amigos de trabalho

               II
Levarei muitas saudades
De todos meus companheiros
Aqui fiz eu amizades
Camaradas verdadeiros
Mas se com alguém fui injusto
Eu rogo que a qualquer custo
Perdoem meus entreveros
              
III
Adeus Rômulo e Junior, amigos,
Assessores da pesada
Conservem sempre consigo
A minha estima elevada.
Mas deixem a mania feia
De falar da vida alheia
Quando estão sem fazer nada!
                    
 IV
Sentirei de todos a ausência
Não tem último nem primeiro
De Iradenes a decência
De Íris o olhar matreiro
E quero aqui pedir vênia
Para  deixar  á  Valdênia
Um forte abraço e um cheiro!
                  
 V
De nada mais sirvo aqui
De posse que estou do ato
Só me resta então partir
De acordo com o ultimato
Nos termos nele constantes.
Adeus, adeus vigilantes,
Juca, Antonio e Mulato.
                    
               VI
Adeus Márcia e Luciana
Parceiras do dia a dia
Vocês são muito bacanas
Moças de muita valia
Pelas ajudas prestadas
Bem merecem ser citadas
Em prosa e poesias!
            
VII
Quero saudar Lucivanda
Mirian , Bené ,  Mirella
Quando eu partir destas bandas
Relevem quaisquer seqüelas
Que sem querer lhes causei
Errar bem sei que  errei
Mas nem sequer dei por elas
                              
 VIII
Adeus  douta   Lucivanda
Chefe da Administração
Que habilmente comanda
Transporte e comunicação
 Com ajuda das morenas
Fica só de quarentena
Ao leme da embarcação
                      
  IX
A Mirian como fumante
Quero que não me repare
Mas eu peço suplicante
Que do fumo se separe.
Bené – deusa de sua Igreja –
Que Deus do céu lhe proteja
E a nós outros  não desampare!
                     
X
Nesta minha despedida
Deste para outro universo
Não vou deixar esquecida
Mirela, muito ao inverso,
Seria até um vexame!...
Mas que ela jamais reclame
De que nunca lhe ter feito  um verso!
                          
XI
Iradenes sempre calada
Colega nobre e astuta
De papagaio não tem nada
Mas tal coruja ela escuta.
Íris que aos cantos soluça
Já vai servir lá em Russas
Que seja feliz na permuta
                     
XII
Lembrarei sempre do Wagner
Motorista que não oscila
Um excelente caráter
Que nem um pouco vacila
Não é chofer de araque
Mui cotado na DITRAC
Menina dos olhos de AURILA!
            
 XIII
Em suma parto saudoso
Afastando-me de meus pares
Muito triste e até choroso
Para errar em outros lugares
Muito grato e reconhecido
A este homem bendito  
JOSÉ LOURENÇO COLARES!

              
JOAO Alves BITU
IGUATU, Julho 1992

Um comentário:

  1. Meu irmão, que relato emocionante! Aliás, sua vida foi cheia de despedidas. De Várzea Alegre para o Rio de Janeiro, o retorno já casado, a temporada lá em casa com Luzinete, Verinha e Claudinho. Seu emprego na SEFAZ te desloca para o Iguatu,depois retorna a Fortaleza. Lembro muito bem. Pode contar tudo, o blog está a sua disposição. Abraço Fafá

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