Eu daria tudo que eu tivesse
Pra voltar aos dias de criança
Eu não sei pra que que a gente cresce
Se não sai da gente essa lembrança
Aos domingos missa na Matriz
Da cidadezinha onde eu nascí
Ai meu Deus eu era tão feliz
No meu pequenino Miraí
Que saudades da professorinha
Que me ensinou o beabá
Onde andará Mariazinha
Meu primeiro amor, onde andrá?
Eu igual a toda meninada
Quanta travessura que eu fazia
Jogos de botões sobre a calçada
Eu era feliz e não sabia
Transcreví esta composição do Ataulfo para dedicá-la a Maria de Fátima, que "era feliz e não sabia", como tantos de nós outros.
João Bitu
Em tempo: No quarto verso da terceira estrofe
ResponderExcluironde se lê "andrá" leia-se "andará?"
João Bitu
Pois é, João, a lembrança ficará sempre mesmo que seja só aqui no blog mas eu não quero nunca esquecer da nossa MAJOR JOAQUIM ALVES, da escola de DONA ELIZA, do percurso de papai da mercearia até nossa casa com o feixe de lenha. Até hoje não entendo porque quando vinha do sítio ele não colocava logo lá em casa. Acho que pelo grande prazer de percorrer nossa saudosa rua encontrando os amigos contando suas histórias, apartando briga de Zezê com Paulo Viana, Nenem de Chico Francisco com Cícero.Socorro escondendo ZEZÊ na hora da passagem de Dona SANTANA DO ALFINIM. A gente era feliz e não sabia, PORQUE NÃO TINHA MEDO DE ERRAR, DE DESAGRADAR.Hoje tudo que se faz e/ou se escreve vira deboche, chateação. Eu pensei que quando aprendesse a escrever eu teria o direito de relembrar minha infância. Ainda bem que não lancei meu livro.Pelo menos você me entende. Obrigada pela dedicatória mais uma vez. Abraço fraterno,
ResponderExcluirFafá