7 de julho de 2012

O SEGURO DOS IDOSOS por João Bitu


O SEGURO DOS IDOSOS

Há coisas que seriam divertidas
Se doutra feita não fossem penosas
É o caso destas Senhoras idosas
Que dependem de ajuda em suas vidas
Para suprir carências desmedidas...
A pobreza é um constante sufoco
Um padecer perverso e louco
À espera de um salvamento fortuito;
Porquanto o pouco com Deus é muito
Assim como o muito sem Deus é pouco.

O Fundo de Assistência e Previdência
Rural do Trabalhador: “FUNRURAL"-
Havia em auxílio providencial
Aos seres de idade e de carência
Cujos viviam na triste iminência
De perecerem vítimas da forme.
Só se ouvia entre eles este nome
No qual piamente acreditavam
Tanto que amargamente lamentavam:
Sem “o negocio dos veios" como se come?”


Vida amarga, dolorosa rotina
Dos que enfrentam a tanto sofrimento
Uma herança inglória de tormento
Infeliz existência, cruel sina
Em meio à escassez e a ruína...
“O negócio dos véios" prestes a pifar
Sem mais ânimo para trabalhar
As nobres damas em grande pobreza
Junto aos maridos vivem de incerteza
Pois que falam já até  é em cortar.

João Bitu

5 comentários:

  1. Os " posts" de João Bitu são sempre aguardados com ansiedade mas hoje eu fiquei apreensiva com essa conversa que o " negócio dos vei" está pifando e que nossas amigas damas vivem da incerteza porque já falam até em cortá-los, rs

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  2. O que o sr. João Bitu posta são as verdades que constatamos diariamente e que fugimos da luta perdendo a GUERRA! A velhice, segundo as culturas antigas é considerada como a maior riqueza humana. No entanto, O SEGURO DOS IDOSOS no Brasil, se chama: pobreza, vida amarga e a incerteza de melhores condições de vida.Não podemos ignorar que no Brasil, todos fazem planos mas ninguém executa.O ESTATUTO DO IDOSO, está apenas no papel e o idoso continua carente, desabrigado e na sua dolorosa rotina; como diz o sr. pascoal no seu lindo poema: "O SEGURO DOS IDOSOS".
    Um abração.

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  3. ... Aí eu disse:

    João:

    É verdade, ouvi na avaliação
    Que o negócio dos véi tava pifando
    E eu que na velhice estou entrando
    Fui logo procurando prevenção
    Foi quando descobri que o coração
    Está tão viril como em criança
    O figado funciona sem tardança
    Os rins nem se fala, estão um amor
    A bexiga a mil como um motor
    Mas uma coisa me causa desconfiança.

    Foi assim que entendeu um ouvinte
    Da história de duas aposentadas
    Que na fila do banco acostumadas
    A receber pra gastar no dia seguinte
    Temendo cortarem do contribuinte
    O aposento que por direito lhe cabia
    Após anos de trabalho noite e dia
    Pra garantir o sustento da prole
    Foram anos de luta nada mole
    Vem agora o governo e surrupia.

    E o ouvinte saiu em disparada
    Sem ouvir o restante da história
    Asssustado guardando de memória
    A conversa inicial da aposentada
    Na cabeça fez uma misturada
    Pensando ter ouvido uma verdade
    Ele que havia passado da mocidade
    Ao doutor correu e sem demora
    Foi logo exclamando diga agora
    Se algo em mim vão cortar por caridade.

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    Respostas
    1. É Vicente. Um seguro sem muita segurança. Eu muito me preocupei também, tomei minhas precauções, fiz alguns seguros sociais e busquei dar tudo quanto pudia, em tempo útil, para minha "família". Meu objetivo foi sempre não deixar falar nada em casa. A minha veíce já estã em curso e é preciso me precaver.
      Um abraço,

      João Bitu

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  4. Minha cara Fideralina, boa noite. O envio de toda e qualquer postagem minha equivale a uma resposta sua contendo o de melhor e mais agradável que se possa imaginar buscando sempre
    com educação e isenção corresponder ao nosso propósito. É muito bom se ter alguém como você ao nosso lado para confabular.
    Aceite meu abraço,
    João Bitu

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