16 de julho de 2012
Reprise - Pai e filho
"CAMISA NOVA, SEU DOUTOR?" - JOSÉ BITU MORENO
Reunindo relatos de experiências vividas pelo autor desde a infância em Várzea Alegre, no interior do Ceará, a juventude em Fortaleza, o mestrado em Botucatu, pós-graduações na Alemanha e a vida profissional em Marília, “Camisa nova, seu doutor?” tem como tema central a vida, contada em crônicas, versos e prosa. Prosa falando de pessoas, de mundos – internos e externos, sentidos e vividos, desejados e sobre tudo construídos. Mundos erguidos de ruínas que lançam âncoras para o futuro. O encaixe perfeito. Natureza do sertão, a flor, a professora, a natureza. Na cidade grande, um mundo que avança, quase invade, sem pedir licença. Na metrópole, novas relações. No velho mundo, o mesmo homem. No homem concentrando-se toda a energia criativa do escritor e do médico, do pai e do filho, José Bitu Moreno.
Dedicado a Edwardes Batista Moreno, pai do autor (“... dedico-lhe esses momentos de intensa reflexão, quando paro e rememoro o nosso passado juntos. E nesse momento fala a criança que não lhe beijou, não lhe afagou, por falta de jeito, timidez, e que agora em mim, costurada em mim, o retém puro, inteiro, como foi um dia.”), “Camisa nova, seu doutor?”, que traz capa da artista plástica mariliense Cynara Mattioli e prefácio assinado pela Vera Brant, é definido por José Bitu Moreno como uma viagem, através de fragmentos em forma de crônicas, contos e poesias, da infância à idade adulta e desta, num sensível e comovente retorno, de novo aos primeiros anos vividos no interior cearense.
A valorização da memória, através da lembrança de costumes, hábitos e tradições culturais do lugar onde nasceu e de outros pelos quais passou ou nos quais viveu nesses mais de meio século de vida, é o combustível que move o médico e escritor. Em muitos aspectos, seus relatos sobre a infância e sobre sua vida adulta e profissional, são parecidos com os de outras pessoas e locais, como se fossem uma viagem à memória do próprio País: a história de um brasileiro que teve que, desde cedo, aprender a sonhar e a lutar com dignidade e decência para transformar seus sonhos em realidade. São fragmentos, flashes, que, valorizando a memória, levam os leitores a refletirem sobre suas próprias vidas, suas trajetórias neste planeta, sobre o que foi feito e que é preciso conhecer, para melhor prosseguir.
RETORNO - Segundo Batista de Lima, em matéria publicada no jornal Diário do Nordeste - em sua edição do dia 23 de agosto deste ano, “são 160 páginas de memórias poéticas onde se instaura um retorno nostálgico a um paraíso perdido. Esse retorno é uma reconstrução do latifúndio memorial do vivente que finalmente descobriu o que está depois da Serra Negra. Todo esse percurso da volta vem escrito numa prosa poética que lembra a ‘Recherche’, de Proust e o memorialismo de Nava. José Bitu, seguindo os conselhos de Tolstoi, primeiro pinta seu quintal para depois pintar o mundo. Seus primeiros golfares de sensibilidade, iniciaram-se perenizando as areias do Riacho do Machado e do Riacho do Meio que foram salgar o rio da infância, o Salgado, prenúncio de mares nunca dantes navegados. Numa de suas raras enchentes o autor foi levado e agora volta montado no signo literário”.
CORAGEM - “Escrever e publicar este meu primeiro livro foi uma experiência muito gratificante. No início, minha grande dúvida era se ele teria algum valor literário, se despertaria o interesse ou pudesse ser útil á alguém. Durante o processo, pude comprovar que, além de solitário, escrever é um ato de coragem”, disse José Bitu em entrevista ao Jornal da Manhã na tarde da última quinta-feira. “Em seguida vieram os primeiros contatos com a editora e tal dúvida foi se esvaindo, dando lugar à sensação altamente prazerosa de estar compartilhando com outras pessoas minhas vivências, minha forma de ver a vida... A relação com a Editora Armazém foi muito gratificante. Todos se mostraram pessoas amigas, profissionais dedicados, que me ajudaram a superar com tranquilidade a insegurança que acho devem ser normais e comuns a todo escritor iniciante,” comentou, acrescentando: “Com base no retorno altamente positivo que já estou tendo por parte de muitos dos que já leram o livro, posso afirmar que valeu a pena superar as dúvidas e inseguranças iniciais e que escrever e publicar um livro é uma experiência realmente maravilhosa, que espero ajude outras pessoas a refletirem sobre seus passos e atos, o que, certamente, tornará as melhores em seus caminhos futuros.”
E, por falar em futuro, quais são seus planos em relação a literatura? À pergunta feita pela reportagem do Caderno 2 a resposta veio rápida e firme: “Gostei tanto da experiência de escrever e publicar “Camisa nova, seu doutor?” que já estou pensando em me aventurar numa obra de maior fôlego, quem sabe um romance.”
O AUTOR - José Bitu Moreno nasceu em abril de 1959 na pequena cidade de Várzea Alegre, no interior do Ceará. Médico formado pela Universidade Federal do Ceará, especialista em cirurgia geral e cirurgia vascular, com mestrado na Unesp / Botucatu, doutorado em Frankfurt e pós-doutorado em Freiburg, na Alemanha, pesquisador pela DFG (Deutsche Forschrung Gesellschaft), em Frankfurt, é docente - desde 1988 - da Faculdade de Medicina de Marília, onde é chefe da disciplina de Cirurgia Vascular.
A EDITORA - A cultura e suas variáveis têm o poder de transformação, quer seja através do aprendizado, da educação formal ou informal, do conhecimento, do crescimento pessoal e social, de descobertas individuais ou grupais. Sua realização está embasada no tripé: autor, livro e público, tendo como intermediador, a editora. Ao autor cabe a tarefa de desenvolver e criar o conteúdo pesquisado e de transformá-lo em livro que atenda as exigências dele mesmo e do leitor, quer sejam de caráter profissional, quer sejam para seu deleite e lazer.
O livro é um produto intelectual e, como tal, encerra conhecimento. É a expressão individual de seu autor: uma publicação única; o segundo no tripé da cadeia de divulgação da cultura. Seu principal alvo é o público. Nesse elo, o papel de uma editora é importantíssimo: envolve o autor, o livro e o público. A tarefa da editora é a responsabilidade para com a obra e seu autor; a obra e sua divulgação; o autor, a obra e seu público leitor.
Tendo como sócios-editores Anette Vernaschi Toppan e Bernardo Carrero Filho, a Editora Armazém foi criada para suprir a carência de Marília e região nessa área. Surgiu com o objetivo de editar obras de caráter educativo e cultural para propiciar aos autores e ao público uma ponte que amenize as dificuldades de transformar em livro ideias (ou pesquisas) viáveis.
A primeira publicação da editora foi “Have I Told You”, de Anette Vernaschi Toppan, livro de inglês para conversação como prática concreta da língua inglesa, com técnicas avançadas de aprendizado do idioma como segunda língua, para adolescentes e adultos, lançado em novembro de 2010.
SERVIÇO - O Armazém Abuelos, onde nesta segunda-feira, das 20h às 22h, acontece a noite de autógrafos do livro “Camisa nova, seu doutor?, de José Bitu Moreno, fica na rua Bahia, 698 (próximo a Emei Monteiro Lobato). A Editora Armazém está localizada na av. Nelson Spielmann, 120 - Loja 3. Mais informações: tel. 3306-4641.
Fonte do jornal da manhã Marília São Paulo
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Estudante de 11 anos lança seu primeiro livro
O estudante mariliense de 11 anos André Francischetti Moreno realizou o lançamento de seu primeiro livro “Veridilândia, os sonhos sobrevivem...?”, na tarde de ontem, na Casa dos Médicos de Marília. A tarde de autógrafos contou com a presença de amigos e familiares do autor, além de doces, pipoca, refrigerantes e brincadeiras.
A obra de estreia do jovem escritor narra a aventura de um garoto que, em seu 13º aniversário, vai parar em outro universo – a Veridilândia. O nome desta terra partiu da criatividade do próprio autor, que pesquisou até encontrar o significado adequado para seu universo imaginário. “Procurei o nome no latim e descobri que Veridiana, Veridiano, significavam exatamente o que eu procurava: verdejante, que floresce”, explicou André. “E é assim que a Veridilândia é. Cheia de verde e de flores”, complementou.
André começou a escrever e a montar seus próprios livrinhos aos 5 anos. Segundo os pais, Ieda Francischetti e José Bitu Moreno, o garoto sempre viveu no universo dos livros e isso contribui para que ele seja uma criança criativa e também muito ativa. “Nós sempre o envolvemos no mundo da literatura. Levamos em livrarias e presenteamos com livros”, disse o pai do jovem, que é médico e também escritor. “André é um garoto criativo e que acredita nas próprias ideias. Ele corre atrás de colocar o que deseja em prática”, afirmou a mãe e também médica.
A prova de que ele coloca suas ideias em prática é o seu primeiro livro. Estimulado pelos pais, André bancou a tiragem de 200 exemplares com recursos do próprio bolso e ainda defendeu uma causa ecológica na publicação. “Escolhi que o livro fosse feito em papel reciclado”, explicou André.
Para quem ainda não descobriu o prazer da leitura, André indica: “Para aprender a gostar de ler, a pessoa tem que procurar histórias que acha que vai gostar. Se não fizer isso, vai acabar pegando o livro e deixando na estante logo depois de começar a ler”. Sobre a sua obra, o estudante espera que seja lida até o fim. “Espero que, com o meu livro, as pessoas se divirtam”.
André afirmou que seu livro também tenta transmitir mensagens positivas aos leitores. “Primeiro, com a união se chega ao longe e, segundo, sem os sonhos, as pessoas seriam muito tristes”, disse. O livro está sendo comercializado pelo valor de R$ 20. Para adquiri-lo, basta entrar em contato com o próprio autor pelo e-mail andremoreno.2009@hotmail.com.
VENDAS: www.siciliano.com.br
Jornal da Manhã – Marília-SP
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