21 de outubro de 2012

O QUE FOR... SERÁ! - por João Bitu

Quando a sorte não está favorável
Não adianta nada forçar barra
Em qualquer empecilho esbarra
E não se obtém - o fim desejável...
È querer fugir do inevitável
Quando o destino já foi traçado.
Não há como fugir do resultado
Porquanto, o amanhã, a Deus pertence
Do contrário ninguém me convence
Aceitar, pois, é fato consumado

Quando jovem quis formar um lar
Movido pelo coração em brasa
Pretendi usar a prata da casa
E sem mais delongas me emancipar.
O tropeço veio sem nada avisar
E se opôs a tudo num rompante
Destruiu aquela paixão brilhante
Ardorosa e de tanto fulgor
Fui achar um novo e terno amor
Numa terra estranha e bem distante.
                                                                                                      
Assim é tudo o que a gente planeja
Sem sondar a vontade do amanhã
Mesmo quando se tem uma idéia sã
Para realizar o que mais deseja
Nem sempre acontece como se almeja.
Haja vista a ânsia duma gestante
Aguardando a vinda a todo instante
De um filho ou filha a nascer
Um menino? Bem que podia ser!
Mas lhe vem menina - não obstante!


A princípio se fica reticente
Por não obter o que era esperado
Sem saber que o que lhe foi negado
Tornar-se-ia até desconveniente
Assim Deus quis evidentemente
Duma outra forma nos contemplar
 Pela sua sabedoria sem par
Não acolheu aquilo que foi pedido
Ao invés então do que é pretendido
Sempre tem algo muito melhor para dar!

João Bitu


Um comentário:

  1. Lembro da grande surpresa do filho temporão LUIZINHO que hoje já é pai de duas crianças lindas. Esse temporão era tão amado na Adolfo Campelo, lembra? "Cabocla, seu olhar tá me dizendo"...Olha o pão, Luizinho!

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