A PRIMOGÊNITA
Minha
doce filha Vera
A
primeira dos herdeiros
Tem
princípios verdadeiros
É
correta e é sincera
Cada
dia mais prospera
Não
se queda a empecilhos.
É
viúva tem dois filhos
Todos
dois muito simpáticos
São
um tanto sistemáticos
Porém
não saem dos trilhos
Pequenina
ela nasceu
Lá
no Rio de Janeiro
Eu
passava o dia inteiro
Contemplando
o rosto seu
No
berçinho que a Mãe deu.
Cobertinha
com um véu
Azul-branco
cor do Céu.
De
feliz até chorava
Tanto
olhava que cansava
O
meu mais rico troféu
Foi
crescendo, foi crescendo
E
ficou até fornida
É
pequena, mas nutrida
Tem
um corpo estupendo
Fica
mesmo parecendo
Uma
Miss, pela norma,
Com
cuidados se transforma
Em
mulher muito atraente
Que
apetece muita gente
Pela
sua bela forma
Muito
casta e recatada
Apesar
da vida “solo”
Segue
a risca o protocolo
Da
viuvez inesperada
De
forma tão desastrada.
Não
se deu por destruída
Com
firmeza tange a vida
Com
amor e muito apego
Exercendo
o seu emprego
Competente
e destemida
Comentei
já noutra parte
Muita
coisa sobre ela
Para
mim é a mais bela
Lembra
até obra de arte!...
-Escrevo
aqui para falar-te
Com
afeto e com carinho
Dentro
deste teu Velhinho
Que
te ama e te venera
Com
certeza oh doce Vera
Tu
terás sempre um cantinho!
João
Bitu
IMPOSSIVEL ESQUECERÉR
VOCÊ É LINDA
Caetano Veloso
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