CIDADES DE MEU ENCANTO
Foi uma das grandes conquistas de minha vida, uma dádiva
DIVINA.
Pouco
tempo depois, por conveniência daquele órgão, fui transferido para a Delegacia Regional de Iguatu,
onde fui acolhido com muita atenção, respeito e afetividade pelos novos
companheiros de trabalho e pela gente
amável e acolhedora daquela cidade.
Como
devo a essas cidades que foram berços de minha vida profissional!
Passados
alguns anos, agora por conveniência própria, solicitei transferência para
Fortaleza onde já residia a maioria de meus familiares.
Com
amor e muita consideração deixei ficar sobre a
MINHA MESA DE TRABALHO, a poesia
que transcrevo a seguir:
È chegado o
grande dia
E voltado
pra Deus me valho
Vou pedir
força e energia
Sua benção
e agasalho,
Vou partir
para outras plagas
E deixar
lembranças vagas
Aos amigos
de trabalho
Levarei
muitas saudades
De todos
meus companheiros
Aqui fiz eu
amizades
Camaradas
verdadeiros
Mas se com
alguém fui injusto
Eu rogo que
a qualquer custo
Perdoem
meus entreveros
Adeus
Rômulo e Junior, amigos,
Assessores
da pesada
Guardem
sempre aí consigo
A minha
estima elevada.
Mas afastem
a mania feia
De falar da
vida alheia
Quando
estão sem fazer nada!
Sentirei muito a ausência
Não tem
último nem primeiro
Da Iradenes
a decência
De Íris o
olhar matreiro
E quero
aqui pedir vênia
Para deixar
para Valdênia
Um forte abraço
e um cheiro!
Para nada
mais sirvo aqui
De posse
que estou do ato
Só me resta
então partir
E de acordo
com o ultimato
Com as
ordens nele constantes.
Adeus,
adeus vigilantes,
Juca,
Antonio e Seu Mulato.
Um adeus a
Márcia e Luciana
As
parceiras do dia a dia
Vocês são
muito bacanas
Jovens de
grande valia
Pelas
ajudas prestadas
Bem merecem
ser citadas
Muito em
prosa e poesias!
Quero
saudar Lucivanda
Mirian,
Bené e Mirela
Quando eu
partir destas bandas
Relevem
quaisquer seqüelas
Que sem
querer lhes causei
Errar bem
sei que errei
Mas nem
sequer dei por elas
Adeus douta Lucivanda
Chefe da
Administração
Que
habilmente comanda
Transporte
e comunicação
Com ajuda das morenas
Fica só de
quarentena
Ao leme da
embarcação
A Mirian
como fumante
Quero que
não me repare
Mas eu peço
suplicante
Que do fumo
se separe.
Bené –
deusa de sua Igreja –
Que Deus do
céu lhe proteja
E a nós
outros não desampare!
Nesta minha
despedida
Deste para
outro universo
Não vou
deixar esquecida
Mirela,
muito ao inverso,
Seria até
um vexame!...
Mas que ela
jamais reclame
De que
nunca lhe fiz um verso!
Iradenes sempre
calada
Colega
nobre e astuta
De papagaio
não tem nada
Mas tal
coruja ela escuta.
Íris que
aos cantos soluça
Já vai
servir lá em Russas
Que seja
feliz na permuta
Lembrarei
sempre do Wagner
Motorista
que não oscila
Um
excelente caráter
Que nem um
pouco vacila
Não é
chofer de araque
Mui cotado
na DITRAC
Menino dos
olhos de AURILA!
Em suma parto saudoso
Afastando-me
de meus pares
Muito
triste e até choroso
Para errar
em outros lugares
Muito grato
e reconhecido
A este homem bendito
José Cândido Colares.
IMPOSSIVEL ESQUECER
FIM DE CASO
Lúcio Alves
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