7 de setembro de 2013

MEU FRONDOSO PAU MOCÓ

Seis décadas já se passaram
Mas o Sertão não passou
A minha alma lá ficou.
Muitas lágrimas rolaram
Muitas lembranças restaram.
Tenho profundas saudades
Das particularidades
Do lindo Céu e da roça
Onde havia uma palhoça
Feita de felicidades

Hábitos regionais
Manias nobres, caseiras
Atitudes costumeiras
Caprichos sentimentais
Olhos fitos nos rivais.
Alvo de minhas fãs
Cheias de balangandãs
Comuns em todo Nordeste
Pendentes de sob a veste
Naquelas lindas manhãs

Os festejos de São João
Tradicionais fogueiras
As joanetes faceiras
Franqueando o coração
Em busca de seu peão.
Noites de doce magia
Risos e muita alegria
Das cerimônias juninas
Rapazes e muitas meninas
Em meio às cantorias.

Trabalhadores dispostos
Homens da foice e machado
A preparar seu roçado
Sempre bem predispostos
Todos firmes em seus postos
Com a esperança de pé
Muita confiança até
Nas chuvas e no inverno
Aquele fogo eterno
De confiança e de fé

Lindo e saudoso arvoredo
Plantas de rara beleza
Lembro com muita tristeza
Não vou esquecer tão cedo
Até mesmo sinto medo
Por vezes até me assusto
Não quero tornar-me injusto
Olvidar tanta beleza
Que oferece a natureza.
-Lembrarei a todo custo!

CARNAÚBAS minha vida
Meu paraíso, meu ouro
Minha pátria, meu tesouro
Minha morada querida
Entre outras destruídas.
Minha alma ali perpetrada
Cheia de amor fertilizada
Sob a sombra agradável
Aromática e saudável
Do frondoso PAU MOCÓ

João Bitu
 
IMPOSSÍVEL ESQUECER
COQUEIRO VELHO
 
Orlando Silva


 
 
 
 

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