30 de maio de 2012

NOSSA SENHORA DE FAFÁ


Entrando por um ouvido e saindo por um teclado,
enquanto assistíamos ao Jornal Nacional.
(Fidera e Sávio)

Certa vez, hospedei com alegria
Uma santa, bendita, que ganhei.
Sendo Graças, seu nome, eu abracei
Com afeto, aquela Ave Maria.
Mas chorei, em soluços, outro dia
Quando a ex-dona por lá apareceu.
Numa noite, que nunca amanheceu,
Retirou a santinha do altar
E a fé, que eu tinha, deu lugar
A este engano, que me aconteceu.

Desganhei o que eu já havia ganho
Numa noite, que tento esquecer,
Pois a amiga tentou me convencer
Com um papo, pra mim, de bom tamanho.
Uma alma, num sonho muito estranho
Numa casa, chorando, apareceu
Foi aí, que o fantasma a convenceu
A santinha, tirar do meu altar,
E a fé, que eu tinha, deu lugar
A este engano, que me aconteceu.

2 comentários:

  1. Pois é, Sávio: ganhei e depois desganhei e você a transformou sabiamente e discretamente na NOSSA SENHORA DE FAFÁ que com certeza está cobrindo outra família de graças tal qual seu nome. Obrigada pela gentileza do poema.
    MARIA DE FÁTIMA BITU

    ResponderExcluir
  2. Sinto-me feliz sempre que leio o Sávio neste Blogger do qual sou também colaborador. Ele e a Fidera (como era chamada por Seu Antonio no Iguatu) têm a minha fiel admiração. Varzealegrenses do mais alto conceito que são, merecem a minha amizade e respeito.
    João Bitu

    ResponderExcluir