30 de outubro de 2011

coca zero




Raimundo Alves da Silva

Quantos brasileiros saberiam responder a essa pergunta: Quem inventou a Caca-Zero? O futuro do nosso país passa pela valorização dos nossos talentos, em Várzea Alegre minha terra natal temos um tetra campeão brasileiro de matemática o Ricardo Oliveira e tantos outros fazendo sucesso nesse mundão a fora. O brasileiro em geral se imagina o rei do futebol e esquece outros talentos também existentes em todas as áreas do desenvolvimento humano.
A multinacional Coca-Cola levou 25 anos de pesquisa tentando desenvolver a caca-Zero, um sucesso de vendas de refrigerantes que não contem calorias, hoje o maior sucesso da empresa em 40 anos. Mas, esse sucesso todo tem tudo a ver com o Brasil, pois quem está por trás desse sucesso é um cabra de peste que vindo para são Paulo fugindo da seca torna-se o homem mais poderoso da multinacional americana. Mas, e o que o sucesso de uma das maiores multinacionais do mundo tem a ver com o pobre Brasil desperdiçar talentos? Você sabia? O pesquisador master do projeto Coca Zero, o cérebro por trás do sucesso, um cara supervalorizado e comemorado pelos súditos de Mister Bush é um tal de doctor Silva .
Só pode ser brasileiro com esse nome né? E se eu lhe disser que o primeiro nome dele é Raimundo? E nordestino, bichim! Pois é, o cara atende por doctor Raimundo Alves da Silva, nascido no sertão seco e sofrido do Ceará! Vale a pena conhecer sua incrível história que aqui resumo, de uma entrevista dele numa revista americana: a *FORBES*. A cidade natal de nosso doutor Raimundo é uma tal de Arneiroz (Arnei o que? Quem ouviu falar?). Ela fica no alto sertão cearense, conhecido lá como região dos Inhamuns, 400 km ao sudoeste da capital Fortaleza. Lugarzinho longe de tudo, um poeiral danado e de muita miséria.Quando ele nasceu, há 45 anos, Arneiroz tinha só 6 anos que havia se emancipado do município de Tauá (importantíssimo saber, um pouco de cultura pros brô!).
Não tinha quase nada em Arneiroz da civilização tecnológica. Coca-Cola só tinha em Tauá! A família Silva morava na zona rural, em um sitiozinho distante da cidade de colégio, posto de saúde e tudo o mais. Na casinha da família não havia nem luz, água encanada, piso, nem fogão! O pai de nosso gênio de cabeça chata se mandou de lá fugindo da seca para São Paulo (sempre Sampa, meu!). Somente depois de algum tempo e de arranjar emprego numa obra (depois, melhor de vida, foi porteiro) e conseguir um barraco, trouxe a mulher (com o maior barrigão, e mais cinco filhos). Raimundim, seu nome familiar, era o mais novo, o caçula. Portanto o nosso herói aqui foi um pau de arara! Quando chegou em Sampa, com seis anos, ele já era meio assim autodidata. Praticamente se alfabetizara sozinho, já que pouco conseguia ir à escolano sertão. A mãe era analfabeta e o pai quase, mas mesmo assim, naquele tempo, cuidava só da roça, da sobrevivência, não tinha tempo para ensinar os moleques barrigudinhos (de verme). 'Raimundim', 'caba da peste', teve que trabalhar e estudar ao mesmo tempo desde criança... um sacrifício danado!
Ele, na entrevista, cita agradecido ao pai, pobre, mas trabalhador e dedicado à família e que em São Paulo fez muitos sacrifícios para que nosso dedicado Raimundim estudasse e se formasse (como ele diz: 'e virasse gente') Esforçado, persistente, 'inteligente da gota' , dedicado ao extremo e adjetivos mais, ele conseguiu passar no vestibular para a Química da US e a partir daí decolou! Após graduar-se, conquistou uma bolsa de uma ONG para pós-graduação em Campinas, depois outra para mestrado, seguida de doutorado no famoso Massachusetts Institute of Technology , nos States. Aí os gringos conheceram o 'danadim' ! Viram logo que ele era uma mina. Claro que não deixaram mais o doctor Silva voltar para a terra dos impostos altos com baixa qualidade de serviços públicos, ensino de m., saúde de b., políticos f.d.p. corruptos. Foi contratado pela Coca em Atlanta e lá fez uma ascendente e brilhante carreira. É hoje um nome tremendamente respeitado e valorizado no meio acadêmico, tecnológico e científico dos Estados Unidos. É o cara ! É uma história bonita, de sucesso e digna de exemplo a desse cearense danado da molesta! Quando beber uma Coca Zero , lembre-se que seu alquimista inventor foi um brasileiro,nascido bem pobre, fugido da seca, que venceu por esforço próprio. Sinto ser a matéria tão grande!
Valeu, ou não, saber a estória da ZERO?

Texto: O Estado - por Macário Batista

7 comentários:

  1. Francisco,

    Claro que valeu saber a estória da ZERO.Não importa o tamanho do texto, o que vale é o conteúdo.É como já falei: ' Cearense é gente criativa e inteligente". Veja o exemplo do Ricardo e do Raimundo. Tenho muito orgulho desse nosso povo. Grande abraço,
    Fátima Bitu

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  2. TALENTO DO CEARÁ BRILHA LÁ FORA - MACÁRIO BATISTA
    Ártemísia,

    Saiba que o comentário removido fica visível para quem é administrador do blog, aliás, quem tem a chave. Esse " post" também está disponível no facebook. Recebi do amigo colaborador Francisco Gonçalves de Oliveira. Meu blog já é aberto ao público. Não nego informação a quem me procura.Obrigada pela visita,
    Fafá Bitu

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  3. Fafá, minha querida, o que houve eu explico. Meu filho estava comigo quando mostrei a matéria no Blog do Sanharol. Ele pesquisou e encontrou o link, autorizei a postagem, mas quando vi ele estava no seu Blog, achei melhor remover o link para não incomodá-la com meus comentários. Desculpe-me o transtorno causado.

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  4. Artemísia,

    Você nunca vai me incomodar, apenas estranhei o link removido que chama muita atenção. Nada de transtorno, isso acontece. Grande abraço Fafá

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  5. Fafá, eu não havia percebido que o seu nome não consta mais como "colaboradora". É isso aí! Vamos postando em nossos Blogs e que venham os visitantes e leitores...
    Um abraço para Isabel, Maria Cleide, Zezê e vc também!

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  6. Artemísia, eu estava postando bem menos desde que fiz aquele protesto da mudança de nome das ruas e escolas, parece que não agradei a cúpula. Perdi o estímulo. Não demorou muito e me excluíram sem nenhuma explicação. Foi ótimo para mim, já vinha engatinhando no sou de varzea alegre e estou satisfeita.Vivendo e aprendendo,as irmãs enviam lembranças.Grande abraço,
    Fafá Bitu

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