12 de maio de 2012

PARA REFLETIR - Por Fátima Bitu

CARTA DE UMA MÃE PARA SUA FILHA

Minha querida menina, no dia que você perceber que estou envelhecendo, eu peço a você para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo que estarei passando.

Se quando conversarmos, eu repetir a mesma coisa dezenas de vezes, não me interrompa dizendo: “Você disse a mesma coisa um minuto atrás”. Apenas ouça, por favor. Tente se lembrar das vezes quando você era uma criança e eu li a mesma história noite após noite até você dormir.

Quando eu não quiser tomar banho, não se zangue e não me encabule. Lembra de quando você era criança eu tinha que correr atrás de você dando desculpas e tentando colocar você no banho?

Quando você perceber que tenho dificuldades com novas tecnologias, me dê tempo para aprender e não me olhe daquele jeito...lembre-se, querida, de como eu pacientemente ensinei a você muitas coisas, como comer direito, vestir-se, arrumar seu cabelo e lhe dar com os problemas da vida todos os dias... O dia que você ver que estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando.

Se eu ocasionalmente me perder em uma conversa, dê-me tempo para lembrar e se eu não conseguir, não fique nervosa, impaciente ou arrogante. Apenas lembre-se, em seu coração, que a coisa mais importante para mim é estar com você.

E quando eu envelhecer e minhas pernas não me permitirem andar tão rápido quanto antes, me dê sua mão da mesma maneira que eu lhe ofereci a minha em seus primeiros passos.

Quando este dia chegar, não se sinta triste. Apenas fique comigo e me entenda, enquanto termino minha vida com amor. Eu vou adorar e agradecer pelo tempo e alegria que compartilhamos. Com um sorriso e o imenso amor que sempre tive por você, eu apenas quero dizer, eu te amo, minha querida filha.

Fonte: Spring in the Air
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4 comentários:

  1. ... Aí eu disse:

    Maria de Fátima Bitu:

    Nunca havia lido tão magnífico e enternecedor pedido de uma MÃE para ser amada como ela realmente é. Toda MÃE gostaria de ser respeitada e entendida, à medida que o tempo vai passando e suas forças vão sendo debilitadas pela árdua tarefa de administrar a família.

    A MÃE, com o passar dos anos vai perdendo as forças, mas em contra partida vai ampliando o seu amor pela prole que colocou no mundo.

    Esta postagem que você dedicou ao dia das mães e consequentemente a todas as mães irriga os corações de muitos filhos levando até eles uma realidade que nem percebiam, por que externa realmente o que as mães gostariam de ver nos filhos e a maioria lhes nega esse direito.

    Parabans garota.

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  2. Pois é, Vicente, eu tentei mostrar justamente essa realidade. Estou vendo daqui do condomínio tantas flores passando, filhos se deslocando para almoçar fora com as mães ainda em perfeito estado....fico pensando naquelas que já não ouvem bem, não tem mais força para viver e é para essas mães que dedico a data de hoje. Minha irmã morreu de Alzheimer e eu vi o sofrimento de perto, então eu queria pedir aos filhos que já veem a mãe debilitada que tenham paciência. A convivência realmente não é fácil e mais duro ainda quando os filhos resolvem colocar num asilo. Sei que é uma data festiva mas me espelho no caso da minha mãe que teve avc, minha irmã que teve Alzheimer. Elas não sofreram maltratos mas pude constatar casos penosos de filhos que não suportam a luta.. é cansativo, eu sei mas fico me perguntando hoje no dia das mães como se sentem esses filhos que viram a mãe sofrer por descaso.Tomara que eu não seja mal inpterpretada, pelo menos meu guru espiritual entendeu meu recado. Obrigada e FELIZ DIA DAS MÃES A VALDÊNIA que com certeza é muito amada. Mil abraços ao amigo de fé

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  3. Parabéns Fafá, você disse muito bem e enalteceu com amor e grandeza a honra de ser MÃE e saber amar com dedicação e carinho.
    Sei que para você não foi uma difícil missão, porquanto, teve uma maravilhoa que lhe ensinou também a ocupar o mérito de MÃE.

    Você é hoje uma MÂE aplicada

    João Bitu

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  4. Pois é, João, você sabe muito bem o que quero dizer. Não sou mãe biológica mas me sentia como tal cada vez que Socorro me chamava de " mamãe". Acho que ela se referia a mim carinhosamente porque sempre se sentiu um pouco minha segunda mãe e também porque sabe do cuidado, dedicação e carinho que sempre tive por mamãe. Agora com Zezê é a mesma coisa: ela precisa de meus cuidados e eu preciso do seu carinho, da sua companhia. É por aí.

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