ORAÇÃO DE SÃO RAIMUNDO
Admirável São Raimundo Nonato, cuja proteção humildemente imploro como sólido fundamento da minha esperança, fazei, com vossa intercessão, que eu sinta os amáveis efeitos da divina clemência no benigno perdão dos meus pecados, e de todos os erros e culpas da minha vida.
Tomai, pois, por vossa conta, esta minha humilde súplica, e consegui-me do meu Redentor, Nosso Senhor Jesus Cristo, o perdão que tanto desejo, assim como todas as graças de que muito necessito, para que nunca em todos os instantes da minha vida mais o ofenda, dando-me uma feliz morte e o lugar dos meus escolhidos, e para convosco louvá-lo por todo o sempre. Amém.
30 de agosto de 2011
Encontros emocionantes de agosto 2011
Claude Bloc, Fran, Zé Sávio, Rolim e esposa
A amiga Isabel Vieira no altar de São Raimundo
Zé Bitu e Isabel Vieira em Várzea Alegre
Com Verônica, Zezê e Fideralina no Oboé
No Oboé com Fideralina, Nilo Sérgio, Zezê e Paulo Viana
29 de agosto de 2011
A PEDRO PIAU, MINHA SINCERA ADMIRAÇÃO - Por Claude Bloc
Mundim do Vale me fez conhecer a nobreza de Pedro Piau. A nobreza de caráter desse homem que ama sua terra.
Segui-o com atenção por todo o evento, na entrega de Medalhas Papai Raimundo, e do alto de seus mais de noventa anos percebi a vivacidade do seu olhar atento ao mundo, seu amor incontrolável à música, sua serenidade absoluta. Amei-o como a um pai. Emocionei-me com sua dignidade e sincera alegria.
Hoje repito aqui as palavras de Mundim dedicadas ao pai pela passagem do dia dos pais. Ninguém melhor que ele para falar desse homem honrado que conheci em minha ida a Várzea Alegre e que me trouxe aos olhos sua grandeza e sua própria vida.
Claude Bloc
Meu pai que grande alegria
Estou feliz, pode crê,
Eu marquei para esse dia
Um diálogo com você.
Tudo que vou perguntar,
Sem querer lhe incomodar
Vou usar como apostilha.
Sua vida duradoura,
Sempre foi a promotora
Da união da família?
Meu pai me diga porque
A sua serenidade,
Diga-me porque você
Vive com tranqüilidade?
Se durante a sua vida,
Houve subida e descida
Para você enfrentar?
Com quem você aprendeu,
De quem você recebeu
Como pôde conservar?
Diga como conseguiu
Construir seu ideal,
Se você na concluiu
Nem mesmo o primeiro grau?
Porque você nessa idade,
Tem tanta vitalidade
Que nem todo mundo tem?
Diga sem pestanejar,
Se pretende ultrapassar
Dos noventa para os cem?
Uma coisa que eu queria
E há tempo peço a Deus,
É de poder ver um dia
Os meus filhos iguais aos seus.
Se você me ensinar,
A receita de educar
Quem sabe eu posso aprender.
Só tem uma coisa mais,
Nós dois não somos iguais
Como é que eu vou fazer?
Mundim do Vale
(CONVERSANDO COM O MEU PAI )
27 de agosto de 2011
26 de agosto de 2011
Sávio Pinheiro - Sabores e Tabus
APRESENTAÇÃO
Ao expor a temática de “Sabores e Tabus” não poderia deixar de citar, daí a homenagem aos protagonistas do poema, um fato ocorrido no sítio de meus avôs paternos. Num sábado de julho, o seminarista Antônio, que gozava férias no sertão, apeou o seu cavalo alazão, amarrando-o fortemente em uma das colunas de madeira que seguravam o alpendre daquela acolhedora casa.
- Tia Francisca! – Bradou o futuro Padre Vieira. – Estou morrendo de fome, o que temos para comer, aqui?
Dona Francisca Rodrigues de Freitas, feliz por rever o filho de seu grande amigo e compadre Vicente Vieira, respondeu: - Temos uma panela de coalhada, aí na mesa. Sente-se e coma!
O esfomeado estudante, vestido numa batina preta, deglute vorazmente aquele delicioso alimento em colheradas suculentas. Sem dar tempo de pensar, fala novamente o padreco: - Dá para a senhora cozinhar alguns ovos caipiras para mim, pois ainda estou com bastante fome. – Espantada com o pedido, mas já imaginando que o Antônio bebera, e sem encontrar uma saída satisfatória naquele momento de terror, concorda em colocar uma chaleira de água para ferver.
Nesse meio tempo, chegando da roça, entra o seu esposo Louso, que ao lhe ver realizando aquela tarefa, retruca: - Para que tantos ovos cozidos de uma vez, Francisca. Está havendo festa, nesta casa?
Ela, em pânico, constrangida com aquela situação, e na certeza que iria provocar uma catástrofe gastronômica, responde-lhe com convicção:
- É pra acabar de matar o padre!
No sítio Lagoa Seca,
No sopé de grande serra
Viveu distinta família,
Que a cultura desenterra,
Trazendo àquela ribeira
Uma verve pioneira
De sobreviver da terra.
Vasta Serra dos Cavalos
O horizonte, escondia,
Dando àquele lugarejo
Isolamento e magia,
Mas a sua evolução
Nascia no coração
De quem, por lá, residia.
Ali viveu minha avó,
Aluna da natureza,
Que se formou com o mundo
Esculpindo a sua certeza,
Acreditando no mito
Sem consultar nada escrito,
Vivendo na sutileza.
Também, naquele recanto,
Nasceu o Padre Vieira
Criando-se com os chás
De capim santo e cidreira,
Pois, médico, não existia
E por lá, ninguém jazia
De bronquite ou espirradeira.
Dona Francisca encantou
O mundo com o seu saber
Falando para o seu neto
Que, apesar, de médico ser,
Que fazer muita mistura
Dava medonha tontura
De gente, se arrepender.
Falava sempre pra Louso,
O seu fiel companheiro,
Que banana com café
Matava muito ligeiro.
Por causa da congestão,
Que dava no coração
Do patrão ou do roceiro.
Tomar leite e chupar manga
Era assinar a sentença,
De sofrer amargamente
Devido à grave doença,
Que não tardava a chegar
Para logo lhe matar,
Independente da crença.
Quando a febre se abrigava
Um banho, só, mataria.
Um mergulho num açude
À tumba, te levaria.
Até mesmo uma neblina,
Quando, mansinha, se inclina
Vitimar-te, poderia.
Mil conselhos, ela dava,
Ao longo da longa estrada:
- Cuidado com curimatã,
Chouriço, pinha, coalhada,
Com pato, peba, tatu,
Na mistura de urucu,
Qualquer carne carregada.
Quando via uma mocinha
Tinha-lhe grande atenção,
Não lhe deixando chupar
Um pedaço de limão,
Pois sabia do perigo
Que ardia, feito castigo
Durante a menstruação.
Sai de mim, abacaxi,
Que acabei de tomar leite!
Pois não pretendo ficar
Num hospital, como enfeite,
Para não ter que morar
E jamais ter de deixar
Uma vida de deleite.
Tomar chuva, no inverno,
Após beber café quente
Era o mesmo que cavar
Uma cova, certamente,
Ficando um cidadão fraco
Até morar num buraco
Após morrer, de repente.
Ela falou, certa vez,
De maneira verdadeira:
- Só coma frutas, do pé,
Nunca, de uma geladeira,
Pois a comida gelada
Poderá, de uma lapada,
Acamar-te numa esteira.
Porém, à colher o fruto
Confirme a temperatura;
Pois, se o mesmo, estiver quente
Sentirás grande gastura
Podendo levar-te à morte
E acabar a tua sorte,
Enfeitando a sepultura.
Outro dia, uma senhora,
Fez um grave experimento
Comendo ovo com manga
Num dia muito agourento.
Como estava menstruada,
Um corrimento emanava
Com odor bem fedorento.
No resguardo, tomar banho,
Após comer um pirão
Era o mesmo que parar
Um carro na contramão.
Se ela desobedecesse
E se, um prato, comesse
Morreria de sezão.
Durante crises nervosas
Dona Francisca dizia:
- Tome água com açúcar,
Reze pra Santa Luzia,
Pois com fé e devoção
Você abre o coração
Saindo dessa agonia.
O garoto com sarampo,
A manga, não comeria,
Nem um bom ovo estrelado,
Pois, na certa, morreria.
Não podia tomar banho,
Um fato bastante estranho,
Que a sua vida, marcaria.
Comer chouriço, doente,
Tendo um unheiro inflamado,
Era o mesmo, que ficar,
Numa guerra, desarmado.
Tendo, um dos olhos, doendo
E o outro, o pus, escorrendo
Deixava o par remelado.
Pra ela, o leite mugido,
Era um remédio certeiro,
Que curava tosse braba,
Pereba, gripe e cobreiro,
Ajudando o agricultor
A curar sua grande dor
Sem buscar um raizeiro.
A entrecasca da aroeira
Para a cicatrização,
Quando a infusão permeia
A grotesca inflamação
Vinha curar corrimento,
Outro grande sofrimento,
Que fazia assombração.
O gergelim segurava
O fruto da criação,
O chá de boldo servia
Pra não dar constipação,
Mastruz com leite sarava
E o doente se curava
De gastrite e de torção.
A babosa era pra tudo,
Que você queira saber:
Curava câncer, diarreia,
Não lhe deixando morrer.
Curava-lhe o mau olhado,
Peito aberto e ôi quebrado
Sem fazê-lo padecer.
Pra concluir, eu exponho
Um pensamento frequente,
Que simbolizava a vida
Naquele mundo valente:
- Quem tem dente chupa cana,
Quem não tem, come banana -
Versejava alegremente.
Fim
Ao expor a temática de “Sabores e Tabus” não poderia deixar de citar, daí a homenagem aos protagonistas do poema, um fato ocorrido no sítio de meus avôs paternos. Num sábado de julho, o seminarista Antônio, que gozava férias no sertão, apeou o seu cavalo alazão, amarrando-o fortemente em uma das colunas de madeira que seguravam o alpendre daquela acolhedora casa.
- Tia Francisca! – Bradou o futuro Padre Vieira. – Estou morrendo de fome, o que temos para comer, aqui?
Dona Francisca Rodrigues de Freitas, feliz por rever o filho de seu grande amigo e compadre Vicente Vieira, respondeu: - Temos uma panela de coalhada, aí na mesa. Sente-se e coma!
O esfomeado estudante, vestido numa batina preta, deglute vorazmente aquele delicioso alimento em colheradas suculentas. Sem dar tempo de pensar, fala novamente o padreco: - Dá para a senhora cozinhar alguns ovos caipiras para mim, pois ainda estou com bastante fome. – Espantada com o pedido, mas já imaginando que o Antônio bebera, e sem encontrar uma saída satisfatória naquele momento de terror, concorda em colocar uma chaleira de água para ferver.
Nesse meio tempo, chegando da roça, entra o seu esposo Louso, que ao lhe ver realizando aquela tarefa, retruca: - Para que tantos ovos cozidos de uma vez, Francisca. Está havendo festa, nesta casa?
Ela, em pânico, constrangida com aquela situação, e na certeza que iria provocar uma catástrofe gastronômica, responde-lhe com convicção:
- É pra acabar de matar o padre!
No sítio Lagoa Seca,
No sopé de grande serra
Viveu distinta família,
Que a cultura desenterra,
Trazendo àquela ribeira
Uma verve pioneira
De sobreviver da terra.
Vasta Serra dos Cavalos
O horizonte, escondia,
Dando àquele lugarejo
Isolamento e magia,
Mas a sua evolução
Nascia no coração
De quem, por lá, residia.
Ali viveu minha avó,
Aluna da natureza,
Que se formou com o mundo
Esculpindo a sua certeza,
Acreditando no mito
Sem consultar nada escrito,
Vivendo na sutileza.
Também, naquele recanto,
Nasceu o Padre Vieira
Criando-se com os chás
De capim santo e cidreira,
Pois, médico, não existia
E por lá, ninguém jazia
De bronquite ou espirradeira.
Dona Francisca encantou
O mundo com o seu saber
Falando para o seu neto
Que, apesar, de médico ser,
Que fazer muita mistura
Dava medonha tontura
De gente, se arrepender.
Falava sempre pra Louso,
O seu fiel companheiro,
Que banana com café
Matava muito ligeiro.
Por causa da congestão,
Que dava no coração
Do patrão ou do roceiro.
Tomar leite e chupar manga
Era assinar a sentença,
De sofrer amargamente
Devido à grave doença,
Que não tardava a chegar
Para logo lhe matar,
Independente da crença.
Quando a febre se abrigava
Um banho, só, mataria.
Um mergulho num açude
À tumba, te levaria.
Até mesmo uma neblina,
Quando, mansinha, se inclina
Vitimar-te, poderia.
Mil conselhos, ela dava,
Ao longo da longa estrada:
- Cuidado com curimatã,
Chouriço, pinha, coalhada,
Com pato, peba, tatu,
Na mistura de urucu,
Qualquer carne carregada.
Quando via uma mocinha
Tinha-lhe grande atenção,
Não lhe deixando chupar
Um pedaço de limão,
Pois sabia do perigo
Que ardia, feito castigo
Durante a menstruação.
Sai de mim, abacaxi,
Que acabei de tomar leite!
Pois não pretendo ficar
Num hospital, como enfeite,
Para não ter que morar
E jamais ter de deixar
Uma vida de deleite.
Tomar chuva, no inverno,
Após beber café quente
Era o mesmo que cavar
Uma cova, certamente,
Ficando um cidadão fraco
Até morar num buraco
Após morrer, de repente.
Ela falou, certa vez,
De maneira verdadeira:
- Só coma frutas, do pé,
Nunca, de uma geladeira,
Pois a comida gelada
Poderá, de uma lapada,
Acamar-te numa esteira.
Porém, à colher o fruto
Confirme a temperatura;
Pois, se o mesmo, estiver quente
Sentirás grande gastura
Podendo levar-te à morte
E acabar a tua sorte,
Enfeitando a sepultura.
Outro dia, uma senhora,
Fez um grave experimento
Comendo ovo com manga
Num dia muito agourento.
Como estava menstruada,
Um corrimento emanava
Com odor bem fedorento.
No resguardo, tomar banho,
Após comer um pirão
Era o mesmo que parar
Um carro na contramão.
Se ela desobedecesse
E se, um prato, comesse
Morreria de sezão.
Durante crises nervosas
Dona Francisca dizia:
- Tome água com açúcar,
Reze pra Santa Luzia,
Pois com fé e devoção
Você abre o coração
Saindo dessa agonia.
O garoto com sarampo,
A manga, não comeria,
Nem um bom ovo estrelado,
Pois, na certa, morreria.
Não podia tomar banho,
Um fato bastante estranho,
Que a sua vida, marcaria.
Comer chouriço, doente,
Tendo um unheiro inflamado,
Era o mesmo, que ficar,
Numa guerra, desarmado.
Tendo, um dos olhos, doendo
E o outro, o pus, escorrendo
Deixava o par remelado.
Pra ela, o leite mugido,
Era um remédio certeiro,
Que curava tosse braba,
Pereba, gripe e cobreiro,
Ajudando o agricultor
A curar sua grande dor
Sem buscar um raizeiro.
A entrecasca da aroeira
Para a cicatrização,
Quando a infusão permeia
A grotesca inflamação
Vinha curar corrimento,
Outro grande sofrimento,
Que fazia assombração.
O gergelim segurava
O fruto da criação,
O chá de boldo servia
Pra não dar constipação,
Mastruz com leite sarava
E o doente se curava
De gastrite e de torção.
A babosa era pra tudo,
Que você queira saber:
Curava câncer, diarreia,
Não lhe deixando morrer.
Curava-lhe o mau olhado,
Peito aberto e ôi quebrado
Sem fazê-lo padecer.
Pra concluir, eu exponho
Um pensamento frequente,
Que simbolizava a vida
Naquele mundo valente:
- Quem tem dente chupa cana,
Quem não tem, come banana -
Versejava alegremente.
Fim
(Copiado do blog Escirto de Fridda com autorização de Fideralina)
24 de agosto de 2011
Camisa nova, seu doutor?
A cerimonialista
Prof. Batista Lima, escritor, poeta, crítico literário, membro da Academia Cearense de Letras apresentando JOSÉ BITU MORENO:
"Nascido em Várzea Alegre, é produto da safra de 1959, de uma terra que produz muito arroz, passarinhos e meninos.
A Serra Negra é marcante na sua vida porque sempre ao abrir a porta da frente de sua casa ela entrava sem pedir licença, trazendo o mistério do seu depois. O que estava depois dela eram os relâmpagos, os trovões, a possibilidade da chuva, a fartura do futuro, a aventura, Fortaleza, São Paulo, a rua Joaquim Alves, da cidade de Várzea Alegre, que dá para todas as ruas do mundo, como o rio da aldeia de Fernando Pessoa que é maior que o Tejo, mesmo sendo seu afluente. Mas a rua Joaquim Alves é bem maior que a Kaiser Josef Strasse, em Freiburg, na Alemanha, porque é na Joaquim Alves onde seu coração lateja, no seu cordão umbilical que ali ficou enterrado e nos dentes de leite ficados no telhado após serem jogados de costas ao som do "Mourão, mourão / pega esse podre / e me dá um são".
A palavra de José Bitu Moreno na sua apresentação. Muito emocionante!
A homenagem musical preparada carinhosamente pelos amigos de Fortaleza.
22 de agosto de 2011
Prof. Batista Lima, escritor, poeta, crítico literário, membro da Academia Cearense de Letras apresentando JOSÉ BITU MORENO:
"Nascido em Várzea Alegre, é produto da safra de 1959, de uma terra que produz muito arroz, passarinhos e meninos.
A Serra Negra é marcante na sua vida porque sempre ao abrir a porta da frente de sua casa ela entrava sem pedir licença, trazendo o mistério do seu depois. O que estava depois dela eram os relâmpagos, os trovões, a possibilidade da chuva, a fartura do futuro, a aventura, Fortaleza, São Paulo, a rua Joaquim Alves, da cidade de Várzea Alegre, que dá para todas as ruas do mundo, como o rio da aldeia de Fernando Pessoa que é maior que o Tejo, mesmo sendo seu afluente. Mas a rua Joaquim Alves é bem maior que a Kaiser Josef Strasse, em Freiburg, na Alemanha, porque é na Joaquim Alves onde seu coração lateja, no seu cordão umbilical que ali ficou enterrado e nos dentes de leite ficados no telhado após serem jogados de costas ao som do "Mourão, mourão / pega esse podre / e me dá um são".
A palavra de José Bitu Moreno na sua apresentação. Muito emocionante!
A homenagem musical preparada carinhosamente pelos amigos de Fortaleza.
22 de agosto de 2011
23 de agosto de 2011
Noite de autógrafo - 22 de agosto de 2011
Zé Bitu autografando em grande estilo no Centro Cultural Oboé em Fortaleza
Uma noite de grandes encontros: familiares e amigos prestigiando o lançamento do livro: CAMISA NOVA, SEU DOUTOR?
Um vivente da Serra Negra
José Bitu Moreno é médico, com mestrado em São Paulo, doutorado na Alemanha, e professor do curso de Medicina em Marília. Tem, no entanto, um item do seu currículo que, após toda essa trajetória, chama muito a atenção, ele é um vivente da Serra Negra. Nascido em Várzea Alegre, é produto da safra de 1959, de uma terra que produz muito arroz, passarinhos e meninos.
A Serra Negra é marcante na sua vida porque sempre ao abrir a porta da frente de sua casa ela entrava sem pedir licença, trazendo o mistério do seu depois. O que estava depois dela eram os relâmpagos, os trovões, a possibilidade da chuva, a fartura do futuro, a aventura, Fortaleza, São Paulo, a rua Joaquim Alves, da cidade de Várzea Alegre, que dá para todas as ruas do mundo, como o rio da aldeia de Fernando Pessoa que é maior que o Tejo, mesmo sendo seu afluente. Mas a rua Joaquim Alves é bem maior que a Kaiser Josef Strasse, em Freiburg, na Alemanha, porque é na Joaquim Alves onde seu coração lateja, no seu cordão umbilical que ali ficou enterrado e nos dentes de leite ficados no telhado após serem jogados de costas ao som do "Mourão, mourão / pega esse podre / e me dá um são".
José Bitu Moreno apresenta-se de corpo inteiro nesse seu livro "Camisa nova, seu doutor?". São 160 páginas de memórias poéticas onde se instaura um retorno nostálgico a um paraíso perdido. Esse retorno é uma reconstrução do latifúndio memorial do vivente que finalmente descobriu o que está depois da Serra Negra. Todo esse percurso da volta vem escrito numa prosa poética que lembra a "Recherche", de Proust e o memorialismo de Nava. José Bitu, seguindo os conselhos de Tolstoi, primeiro pinta seu quintal para depois pintar o mundo. Seus primeiros golfares de sensibilidade, iniciaram-se perenizando as areias do Riacho do Machado e do Riacho do Meio que foram salgar o rio da infância, o Salgado, prenúncio de mares nunca dantes navegados. Numa de suas raras enchentes o autor foi levado e agora volta montado no signo literário.
Esse Bitu, quando retorna, às vezes nem cita alguns mitos que povoam a história varzealegrense, mas não precisa, ele instiga no leitor a ressurreição de Emílio da Charneca só em citar aquela serra. Traz Papai Raimundo, Padre Zé Otávio, Chico de Amadeu, Pedro de Sousa, Luís Clementino, Zé Costa do Mari, o Cassundé, Dona Eliúa nos aparando de quantos partos pelos quais tenhamos de ser paridos. Ah! Várzea Alegre, Sanharol, Roçado de Dentro, Canidezinho e Mocotó, onde estão os canários cantadores, o galo campina madrugador, a casaca de couro arrancando arroz? Só agora Zé Bitu abriu as gaiolas e eles vieram pousar nos galhos da nossa saudade.
E São Raimundo? Quanta importância desse padroeiro que sai do altar e vai dar nomes aos viventes. São gerações de Raimundo, Raimunda, Mundinha, Mundeiro, Mundica, Mundoca, Doca, Doquinha. Mundo, mundo, vasto mundo se eu me chamasse Raimundo não precisava de Drummond para cantar minha terra. São Raimundo é o pedagogo das lições do céu e tem protegido esse povo que também sabe olhar para cima. José Bitu não sabe que também sou vivente do outro lado daquela serra e por isso minha mãe é Raimunda, meu irmão é Raimundo, meu tio e meu bisavô.
Sob a proteção desse santo, naveguei pelos caminhos gráficos desse Bitu da Serra Negra até a Floresta Negra dos saxões. Mas gostei mais da volta. Podia ser uma volta no misto de Zé Odimar, no ônibus de Hamilton Correia, no expresso Vale do Jaguaribe ou até no caminhão de Zé Mandinga. José Bitu volta bem porque no caminho da ida preocupou-se em construir o caminho da volta. Por isso que montou-se no signo poético, escavou o monturo das lembranças e foi colando os cacos que o tempo estilhaçou e compôs uma aquarela regada com as águas da saudade. Suas lembranças nem sempre são dadivosas pois como balconista no comércio do pai cravou na mente a paisagem desconcertante da rua Governador Sampaio, em Fortaleza. Chapeados, prostitutas, vendedores, caminhões fumacentos, malandros, restos de cereais atapetando o asfalto quente eram os filhos daquela selva.
Esse mundo urbano, entretanto, não instaura a mitologia que brota do seu mundo da infância. Os mitos são os viventes da recepção ao seu retorno. Quanto mais distantes no tempo, mais enraizados na história do seu povo primeiro. A maternal Serra Negra, a casa onde nasceu, e outras serras, casas do olhar, miranças, Gravié, Dos cavalos, Charneca, Crioulos. Mas era a Serra Negra: "sentada na barra, em majestade, com a lombada se dobrando ao lado, parecia touro manso, silencioso, impenetrável, ruminando segredos e eternidade".Tem também Dona Biluca, a avó lá do Inharé; Maria de Bil, com seu martírio e capelinha em sua homenagem; Chica do Rato, a louca; Maria de Abel e seus sonhos surreais; e a pedra de Clarianã.
A casa do avô é outro mito memorial. Construída em 1902, virada para o nascente, flertando com a Serra Negra, é a terceira pele dos viventes seus habitantes. Avoenga essa casa bachelardiana tem fundações que se perdem nas raízes dos cafundós ancestrais. Reconstruir essa memória é colar os fiapos que o tecido do tempo quebrou, é reconstruir o clã da Várzea. É abrir os quatro baús da casa, é recuperar o banho de cuia com sabão da terra, o cacimbão, o pau de lata e a lamparina, o chá de erva cidreira, a galinha choca no canto do quarto por trás da porta, a cura da espinhela caída, do quebranto e da frieira.
Como toda boa obra literária, esse livro de José Bitu Moreno é repleto de dicotomias ou de contrastes em respeito à tradição varzealegrense. Há o rural e o urbano, o passado e o presente, o interior e o exterior, a seca e o inverno, a tradição e a modernidade, a infância e a maturidade, a vida e a morte. Da Serra Negra à Floresta Negra, da Charneca à Vestfália, de Várzea Alegre a Fortaleza, José Bitu constrói uma trajetória real e penosa para depois desconstruí-la, mitificando-a através do signo poético, numa desconstrução do real para o soerguimento da metáfora literária. Tudo isso converge para um texto em prosa poética em que a sensibilidade e a ternura cativam o leitor que conclui ser José Bitu Moreno um escritor que não pode mais deixar de escrever. Nós leitores precisamos de seus escritos. Escreve, José!
Coluna Batista de Lima
Diário de Nordeste
Publicado em 23 de agosto de 2011
22 de agosto de 2011
Um momento, uma pausa...
Janelas
- Claude Bloc -
Às vezes sou sonho transparente,
Que o tempo transporta
Calo-me tanto quanto me permita a vida
Mas o silêncio me ensurdece
E fecha-me as janelas...
Às vezes sou pedra bruta,
Que o tempo lapida
Então falo
Então grito
E refaço mais uma tela
E trilho uma nova estrada
Que o tempo traduz
Colorindo mais um desejo
De ser feliz.
21 de agosto de 2011
Chico Buarque - As Vitrines (Carioca Ao Vivo) - Para ilustrar um belo domingo.
Chico Buarque - As Vitrines
Eu te vejo sair por aí
Te avisei que a cidade era um vão
- Dá tua mão
- Olha pra mim
- Não faz assim
- Não vai lá não
Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão, frouxa de rir
Já te vejo brincando, gostando de ser
Tua sombra a se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar
Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão
Dedicado a minha amiga Fafá .
Mais uma postagem do irmão João Bitu
MINHA FAMILIA...MEUS VERSOS
Aprendi a admirar a poesia popular
Por meio de Pompílio José Duó
Que me recitava versos lindos que só
Quando na roça íamos nós trabalhar...
Ficava eu boquiaberto a escutar
Aquelas glosas de poeta e cantador
Versos cheios de beleza e esplendor
Que eram do fundo d’alma vindos
Através de motes os mais lindos
Glosados com harmonia e muito amor.
Foi assim então que me inspirei
Admirando Pompilio José Duó
Que escrevi o Casório de Afonso com Filó
Do qual jamais me esquecerei...
Partindo daquela história comecei
A versejar com meus recursos modestos
Sem mostrar propósitos manifestos
D e cobiça ou falsa pretensão
Apenas mostrar com firme emoção
Rimas e dizeres puramente honestos.
Foi aceita pelos próprios recém casados
Que aplaudiram com vera admiração
Aquela inédita e ousada observação
Que eu temia não ser de seu agrado!...
Mas esqueçamos esses fatos do passado
Deletando enfim tudo em nossa mente.
Agarremo-nos com unha e dente
Agora com outros temas e poesia
Que enfoquem nosso fugaz dia a dia
Com coisas alegres e saudáveis do presente.
Eu amo e convivo com certa criatura
Deste imenso universo a mais bela
Só não digo aqui o nome dela
Por força de reserva e compostura...
É dócil e amável , inteligente e pura
Portadora dos mais sublimes predicados
Conduz com maestria os seus filhos amados
E o lar que é palco de harmonia e paz
Com suas maneiras delicadas ainda é capaz
De agregar pessoas bem mais distanciados!...
Para presentear e coroar a nossa sina
Deus nos mandou uma pequena criatura
Que despontou para ocupar a progenitura
Em forma de mulher, uma linda menina...
Hoje Mãe, bem estruturada, uma heroína!...
Depois surgiu o segundo herdeiro
Um Varão também nascido no Rio de Janeiro
Um garotão ativo , esperto e destemido
Carioca da gema, em Botafogo nascido
De sangue azul e sanha de guerreiro.
Dos filhos que tivemos desta união
Ao Ceará coube mostrar a vez dele
E o terceiro que nasceu foi aquele
Em quem DONA NEIDE pôs a mão...
Negocia a matéria prima para o pão
-E meio nômade hoje mora aqui amanhã é acolá
Nunca se sabe realmente onde está
Por força de sua laboriosa função
Mas exercendo com denodo a profissão
É aprovado e engrandecido tanto aqui como lá.
Para encerrar sua tarefa de reprodutora
Vem esta gloriosa Mãe e companheira
Pôr um final em sua árdua carreira
De mulher gloriosamente vencedora...
Esta figura brilhante de ímpar genitora
Dar à luz o nosso impoluto caçula
A quem a família inteirinha bajula
Por parecer realmente um galã
De quem a massa unânime é fã
Fã ardorosa das que se exalta e pula!
Que família ofertamos nós a quem nos rodeia
Particularmente sou grato à providência
Que nos premiou com tanta benemerência
Formamos nós uma plêiade de mão cheia
Onde a honra e o amor correm nas veias
Sou muito feliz por motivos tão diversos!,,,
Apesar de estarem os filhos hoje alguns dispersos
Sentimo-nos como virtuais vizinhos
À eles e â Mãe ofereço com todo carinho
Estes meus mui humildes e singelos versos.
JOAO Alves BITU
Fortaleza - Agosto de 2011
Aprendi a admirar a poesia popular
Por meio de Pompílio José Duó
Que me recitava versos lindos que só
Quando na roça íamos nós trabalhar...
Ficava eu boquiaberto a escutar
Aquelas glosas de poeta e cantador
Versos cheios de beleza e esplendor
Que eram do fundo d’alma vindos
Através de motes os mais lindos
Glosados com harmonia e muito amor.
Foi assim então que me inspirei
Admirando Pompilio José Duó
Que escrevi o Casório de Afonso com Filó
Do qual jamais me esquecerei...
Partindo daquela história comecei
A versejar com meus recursos modestos
Sem mostrar propósitos manifestos
D e cobiça ou falsa pretensão
Apenas mostrar com firme emoção
Rimas e dizeres puramente honestos.
Foi aceita pelos próprios recém casados
Que aplaudiram com vera admiração
Aquela inédita e ousada observação
Que eu temia não ser de seu agrado!...
Mas esqueçamos esses fatos do passado
Deletando enfim tudo em nossa mente.
Agarremo-nos com unha e dente
Agora com outros temas e poesia
Que enfoquem nosso fugaz dia a dia
Com coisas alegres e saudáveis do presente.
Eu amo e convivo com certa criatura
Deste imenso universo a mais bela
Só não digo aqui o nome dela
Por força de reserva e compostura...
É dócil e amável , inteligente e pura
Portadora dos mais sublimes predicados
Conduz com maestria os seus filhos amados
E o lar que é palco de harmonia e paz
Com suas maneiras delicadas ainda é capaz
De agregar pessoas bem mais distanciados!...
Para presentear e coroar a nossa sina
Deus nos mandou uma pequena criatura
Que despontou para ocupar a progenitura
Em forma de mulher, uma linda menina...
Hoje Mãe, bem estruturada, uma heroína!...
Depois surgiu o segundo herdeiro
Um Varão também nascido no Rio de Janeiro
Um garotão ativo , esperto e destemido
Carioca da gema, em Botafogo nascido
De sangue azul e sanha de guerreiro.
Dos filhos que tivemos desta união
Ao Ceará coube mostrar a vez dele
E o terceiro que nasceu foi aquele
Em quem DONA NEIDE pôs a mão...
Negocia a matéria prima para o pão
-E meio nômade hoje mora aqui amanhã é acolá
Nunca se sabe realmente onde está
Por força de sua laboriosa função
Mas exercendo com denodo a profissão
É aprovado e engrandecido tanto aqui como lá.
Para encerrar sua tarefa de reprodutora
Vem esta gloriosa Mãe e companheira
Pôr um final em sua árdua carreira
De mulher gloriosamente vencedora...
Esta figura brilhante de ímpar genitora
Dar à luz o nosso impoluto caçula
A quem a família inteirinha bajula
Por parecer realmente um galã
De quem a massa unânime é fã
Fã ardorosa das que se exalta e pula!
Que família ofertamos nós a quem nos rodeia
Particularmente sou grato à providência
Que nos premiou com tanta benemerência
Formamos nós uma plêiade de mão cheia
Onde a honra e o amor correm nas veias
Sou muito feliz por motivos tão diversos!,,,
Apesar de estarem os filhos hoje alguns dispersos
Sentimo-nos como virtuais vizinhos
À eles e â Mãe ofereço com todo carinho
Estes meus mui humildes e singelos versos.
JOAO Alves BITU
Fortaleza - Agosto de 2011
Na Palma da Mão - José Sávio
NA PALMA DA MÃO
O Câncer de Mama mostra
Para a mulher brasileira,
Que ela deve investigar
Desde a sua regra primeira
A presença de caroço
Com frequência verdadeira.
A mulher orientada,
Que investe em prevenção,
Examina as suas mamas
Com atenta palpação
Detectando o sinal
Na palma da sua mão.
Um nódulo que se apresente
Deve ser investigado
Num serviço de saúde
Dito especializado,
E indo ao posto de sua área
Acharás o resultado.
Um bom profissional
Dar-te-á a garantia
Pedindo, após o exame,
Uma ultrassonografia
E, dependendo da idade,
A vital mamografia.
Se a mulher perder o medo
E ficar bastante atenta
Poderá detectar
O mal, que já se apresenta
E, desta forma, evitar
Uma morte violenta.
19 de agosto de 2011
À mon ami Delano!
Meu amigo Delano,
Tu conheces todos os meus segredos
Tu apóias todos os meus projetos
Tu sabes sempre me motivar e me encorajar para seguir adiante. Eu te respeito enormemente. Obrigada por estar sempre comigo!
Tu conheces todos os meus segredos
Tu apóias todos os meus projetos
Tu sabes sempre me motivar e me encorajar para seguir adiante. Eu te respeito enormemente. Obrigada por estar sempre comigo!
POEMA - BEIRA DE ESTRADA
Claude Bloc
Quando escrevo, solto poemas
Deixo meus versos largados
na beira dessas estradas
onde passo, onde ando
onde debruço a vida
onde caminho descalça
pelas soleiras da lida
pelas soleiras da lida
pela poeira dourada.
.
.
Quando escrevo,
enrosco palavras
esculpidas pelo vento,
nesse verde, nesse campo
esculpidas pelo vento,
nesse verde, nesse campo
nessa serra entalhada
nos sonhos, na madrugada.
Talvez, - quem sabe - eu tenha
dado os passos (in)certos,
e talvez (re)encontre um dia
e talvez (re)encontre um dia
os momentos que vivi.
Talvez eu recupere as cores,
nos velhos poemas que eu fiz
Talvez eu perca nas curvas
Talvez eu recupere as cores,
nos velhos poemas que eu fiz
Talvez eu perca nas curvas
os poemas que não quis.
Quando escrevo, me abrigo
nos poemas mais insólitos
que deixei pelas estradas
para atravessar o tempo
sem mais tempo, sem mais nada...
Poema de toda hora
Poema - beira de estrada.
17 de agosto de 2011
16 de agosto de 2011
Naquela mesa....
Só hj consegui a música mas sempre haverá tempo e espaço para homenagear uma pessoa maravilhosa como meu pai José Bitu
15 de agosto de 2011
A BITUZADA segundo Fideralina
João, escreve pelos seis.
Generoso por aqui é Denizard
Invadindo a mente dos seis,
Que obtêm de Isabel o "conciliar"
E o charme de Cleide pelas três.
Torcendo Cícero pelo "CEARÁ",
Reúne portanto os três.
E com orgulho está Fafá
Morando com Zezê, irmã caçula
Que de todos absorve o verbo AMAR!
Amada por todos os seis irmãos Bitu!
Fideralina
Generoso por aqui é Denizard
Invadindo a mente dos seis,
Que obtêm de Isabel o "conciliar"
E o charme de Cleide pelas três.
Torcendo Cícero pelo "CEARÁ",
Reúne portanto os três.
E com orgulho está Fafá
Morando com Zezê, irmã caçula
Que de todos absorve o verbo AMAR!
Amada por todos os seis irmãos Bitu!
Fideralina
Pastilhas de paz
PASTILHAS DE PAZ
“Muna-se de calma, abasteça-se de silêncio.
Vá ter com as flores, com as árvores, com as frutas.
Até os animais, os mudos animais, têm lições para os homens. Olhe-os bem.
Escute seu eterno silêncio.
Fez Deus as cores para nós. Abra os olhos, deixe-as entrar na alma.
Enfeite com elas o coração. O Céu mune-se de arte, aberto dia e noite,
Bienal de valor cedida pelo Pai aos filhos, olhe-o sempre, a ponto de decora-lo.
Deixe-o alegrar-lhe a vida. Comece bem o dia. Comece-o,
Com um pequeno plano de trabalho. Preveja-se, proveja-se.
Se tiver pressa, seja apenas exterior. Tenha o coração parado, andando parado.
Aprenda a nadar, em terra, no mar dos trabalhos, nas vagas das tribulações.
Cabeça para fora. O ritmo é tic-tac do tempo e da coragem.
Toda cadência canta vitória. A pausa é quase “ PAZ S.A “.
Não deixe seu coração sem um bom habitante.
Expulse dele o morador que atormenta. Haja paz.
Não siga a primeira onda, não adote a primeira impressão,
Não creia em cálculos apressados. A paz da alma é feita de ordem de alma.
Tudo em um lugar, tudo a seu tempo, tudo a seu modo.
Não aceite pensamentos turvos. Não asile sentimentos atropelados.
Desvie-se dos maremotos interiores. Decrete calma, durante a borrasca.
Acorda, sem pressa, o dia. Abrem-se vagarosamente as flores.
Andam sossegados os rios. Por que havemos de ser os únicos a correr?
Colecione impressões agradáveis, limpas, lindas, leves.
Refugie-se nelas quando lhe ferver a cabeça... Imite o céu,
Quando se espalmar sereno e mudo, por cima das tormentas dos homens.
Descanse, ouvindo música, quando se cansar de tanto ouvir pessoas.
Creia... Busque... Tenha sempre recursos espirituais.
Aprenda, quanto antes, a rezar. Não se importe, não implique tanto com sua pessoa.
Vá com ou outros. Gaste mais tempo com eles.
Um bolo de algodão desfaz a fúria de uma bala...
Uns metros de areia aquietam os ímpetos do mar. Olhar manso termina a briga.
Vence o amor. Contrarie elegantemente seus sentimentos inquietos...
Siga o caminho da cabeça. Nem sempre o coração acerta em matéria de rotas.
Deixe esfriar os sentimentos. Deixe esfriar até os pensamentos.
Faça tudo com calma. Force a PAZ.
Não conte o que fez de bem. Não desconte na coragem.
TEIME NA BONDADE!
Quando te atirarem uma pedra,
Construa com ela uma escada,
Para que possas ir cada vez mais alto”.
DITADO
Na alfabetização, os alunos passavam por muitos ditados, treinos ortográficos com o objetivo de exercitar a escrita correta das palavras. No antigo primeiro grau, eu me submeti a vários desses exercícios aplicados por exemplares professoras como Aniete Ferreira e Isabel Bitu. Esta última anotava o desempenho de seus alunos em sua temida caderneta, apelidada de caixa preta.
Na década de noventa, uma dedicada professora de português de Várzea Alegre, com o objetivo de fazer sua turma de jovens e adultos memorizar a grafia de algumas palavras, aplicou um desses exercícios.
No dia seguinte, na sala de aula, após a correção da tarefa, a esforçada mestra chamou um dos alunos e advertiu:
- Você vai precisar estudar mais. Errou trinta e uma palavras no teste de ontem.
- Como, professora ? Só era com trinta palavra. – Espantou-se o aluno.
- É, mas em vez de escrever ditado você escreveu deitado.
Colaboração: Carlos Leandro da Silva (Carlin de Dalva)
Fiéis festejam Padroeira de Fortaleza na oitava caminhada com Maria
Neste domingo (15), comemora-se o Dia de Nossa Senhora da Assunção – padroeira da Capital cearense. Para comemorar a data, a arquidiocese de Fortaleza realiza a oitava edição da Caminhada com Maria. É grande a expectativa para o evento, que terá início às 15 horas, com concentração às 14 horas, em frente ao Santuário de Nossa Senhora da Assunção, na Barra do Ceará. Os fiéis irão caminhar pela avenida Leste-Oeste, em direção à Catedral Metropolitana de Fortaleza, acompanhados por dez trios elétricos. O evento será presidido pelo arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio Aparecido Tosi.
Nas paróquias da cidade, as missas só devem acontecer até meio-dia deste domingo, para que o público possa participar da caminhada, que atualmente atinge a marca de 1 milhão e 300 mil pessoas. O evento teve seu inicio em 2003, fazendo parte da programação do sesquicentenário – 150 anos – da Diocese do Ceará. Com a caminhada, a arquidiocese de Fortaleza objetiva resgatar as origens cristãs e marianas da Capital.
De acordo com a arquidiocese, a própria história de evangelização no Ceará está marcada pela presença de Nossa Senhora: desde o primeiro povoado na Barra do Rio Ceará, passando pela Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e finalmente marcando sua presença como padroeira de Fortaleza.
Nas paróquias da cidade, as missas só devem acontecer até meio-dia deste domingo, para que o público possa participar da caminhada, que atualmente atinge a marca de 1 milhão e 300 mil pessoas. O evento teve seu inicio em 2003, fazendo parte da programação do sesquicentenário – 150 anos – da Diocese do Ceará. Com a caminhada, a arquidiocese de Fortaleza objetiva resgatar as origens cristãs e marianas da Capital.
De acordo com a arquidiocese, a própria história de evangelização no Ceará está marcada pela presença de Nossa Senhora: desde o primeiro povoado na Barra do Rio Ceará, passando pela Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e finalmente marcando sua presença como padroeira de Fortaleza.
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