8 de novembro de 2011

Manolita - Vicente Celestino


Eis  a música que mamãe  cantava para embalar seus 11 filhos e até hoje está na nossa memória como uma canção de ninar.


Manolita (as Cartas Não Mentem Jamais)
Vicente Celestino

Era uma tarde em Sevilha,
Quando uma dama, formosa eu vi,
Era a mais graciosa filha, daquela terra que estava ali,
Ao seu lado um garboso rapaz,
Que belo tipo de toureador,
Que dizia-lhe, em chama voraz,
Coisas bonitas, frases de amor.

E a bela escutava com todo o prazer,
As frases do guapo rapaz a dizer.

Alza, alza, Manolita !, meu coração teu será,
Meu amor minha querida,
Será teu por toda a vida,
Enquanto vida eu tiver,
Não serei de outra mulher,
Vai à buena dicha e verás,
Que as cartas não mentem jamais !

No outro dia a formosa, quis da verdade, bem se inteirar,
Como era muito curiosa, a cartomante, foi consultar,
Eu quero saber com certeza, se Pedro, meu toureador,
Me ama com toda firmeza ou se ele jura um falso amor !

As cartas abertas ali sobre a mesa,
A velha responde com toda firmeza.

Alza, alza, Manolita, eis o Valete a afirmar,
Teu Pedro minha querida,
Será teu por toda vida,
Enquanto vida ele tiver,
Não será de outra mulher,
Crê no que digo e verás,
Que as cartas não mentem jamais.

Mas chega um dia um chamado, para o toureiro, ir à Madri,
O coração desolado, de Manolita, ficava ali,
Cacilda, rival nos amores, de Manolita, quer se vingar,
E pra causar dissabores, mil falsidades, vai lhe contar.

Teu Pedro, não morre de amores por ti,
Chamado por outra, vai ele a Madri.

Alza, não posso acreditar,
Que Pedro queira, me enganar,
Teu amor minha querida,
Será meu por toda a vida,
Enquanto vida ele tiver,
Não será de outra mulher,
Vai à buena dicha e verás,
Que as cartas não mentem jamais.

Chega porém de Madri, uma noticia de entristecer,
Pedro, na praça dalí, fôra ferido, estava a morrer,
Manolita, toda chorosa, a cartomante vai consultar,
E diz-lhe em voz lacrimosa, vê se meu Pedro pode escapar,
As cartas abertas, seu peito lhe estala,
A velha tremendo, tristonha lhe fala.

Alza, alza,, Manolita, tudo na vida tem fim,
Teu Pedro minha querida, foi teu sempre na vida,
Eis-me o Valete a afirmar, teu Pedro acaba de expirar,
Reza por ele na paz,
Que as cartas não mentem jamais !!!....

Vicente Almeida





5 comentários:

  1. Vicente,

    Finalmente conseguimos a música na voz de Vicente Celestino e graças a você. A BITUZADA agradece.

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  2. É...

    Fátima:

    Fiquei feliz ao ver reprisada, uma música que para mim, já estava perdida na noite dos tempos.

    Você me estimulou e com isto aprendi um pouco mais, além de deixar a bituzada mais contente.

    Gostei muito da montagem das fotos da sua familia.

    Igual trabalho fiz aqui há anos atras, incluindo meus pais, irmãos netos e bisnetos deles em uma festa de confraternização dos 50 anos de uma de minhas irmãs. Ficou lindo, ainda hoje tenho CDs daquela época com o slide de todos acompanhado de músicas maravilhosas.

    Abraços do

    Vicente Almeida

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  3. Pois é, Vicente, e eu já procurava há tanto tempo e não conseguia...mais uma vez você me salvou. A família está toda ali.Parece que temos mais esse ponto em comum. Realmente a BITUZADA gostou muito.Abraço de Fafá

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  4. Fafá Bitu

    Realmente as cartas não mentem jamais! Pena que hoje com a comunicação eletrônica perdeu-se esse encanto... Quando recebia uma carta da namorada ficava imaginando todo o processo de elaboração da carta tentando descobrir algo que não estivesse explicito na carta. O perfume era inevitável! Analisava até seu estado de espírito na hora de redigir, podia ouvir as batidas do seu coração através das palavras... Hoje temos que conviver com as frias palavras eletrônicas! Se achávamos frias as palavras contidas nas cartas imagine hoje que as recebemos sem nada de pessoal.
    Belíssima postagem parabéns!

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  5. No tempo dos meus pais era bem mais romãntico, realmente, ainda lembro da minha emoção ao ver o carteiro chegar trazendo aquela mensagem tão aguardada. Minha mãe cantava essa música e ficou na minha memória, essa semana ela completaria 96 anos e eu fiz essa singela homenagem. Obrigada, Fafá

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