22 de novembro de 2011

Minha Família...Meus Versos - por João Bitu

MINHA FAMÍLIA...MEUS VERSOS
Aprendi a admirar a poesia popular
Por meio de Pompílio José Duó
Que me recitava versos lindos que só
Quando na roça íamos nós trabalhar
Ficava eu boquiaberto a escutar
Aquelas glosas de poeta e cantador
Versos cheios de beleza e esplendor
Que eram do fundo d’alma vindos
Através de motes os mais lindos
Glosados com harmonia e muito amor.


Foi assim então que me inspirei
Admirando Pompilio José Duó
Que escrevi o Casório de Afonso com Filó
Do qual jamais me esquecerei...
Partindo daquela história comecei
A versejar com meus recursos modestos
Sem mostrar propósitos manifestos
De cobiça ou falsa pretensão
Apenas mostrar com firme emoção
Rimas e dizeres puramente honestos.


Foi aceita pelos próprios recém casados
Que aplaudiram com vera admiração
Aquela inédita e ousada observação
Que eu temia não ser de seu agrado!...
Mas esqueçamos esses fatos do passado
Deletemo-los enfim tudo em nossa mente.
Agarremo-nos com unha e dente
Agora com outros temas e poesia
Que enfoquem nosso fugaz dia a dia
Com coisas alegres e saudáveis do presente.


Eu amo e convivo com certa criatura
Deste imenso universo a mais bela
Só não digo aqui o nome dela
Por força de reserva e compostura...
É dócil e amável , inteligente e pura
Portadora dos mais sublimes predicados
Conduz com maestria os seus filhos amados
E o lar que é palco de harmonia e paz
Com suas maneiras delicadas ainda é capaz
De agregar amigos bem mais distanciados!...



Para presentear e coroar a nossa sina
Deus nos mandou uma pequena criatura
Que despontou para ocupar a progenitura
Em forma de mulher, uma linda menina...
Hoje Mãe, bem estruturada, uma heroína!...
Depois surgiu o segundo herdeiro
Um Varão também nascido no Rio de Janeiro
Um garotão altivo , esperto e destemido
Carioca da gema, em Botafogo nascido
De sangue azul e sanha de guerreiro.


Dos filhos que tivemos desta união
Ao Ceará coube mostrar a vez dele
E o terceiro que nasceu foi aquele
Em quem DONA NEIDE pôs a mão...
Negocia a matéria prima para o pão-
E meio nômade hoje mora aqui amanhã, acolá
Nunca se sabe realmente onde está
Por força de sua laboriosa função
Mas exercendo com denodo a profissão
É aprovado e engrandecido tanto aqui como lá.


Para encerrar sua tarefa de reprodutora
Vem esta gloriosa Mãe e companheira
Pôr um final em sua árdua carreira
De mulher gloriosamente vencedora...
Esta figura brilhante de ímpar genitora
Dar à luz o nosso impoluto caçula
A quem a família inteirinha bajula
Por parecer realmente um galã
De quem a massa unânime é fã
Fã ardorosa das que se exalta e pula!


Que família ofertamos nós a quem nos rodeia
Particularmente sou grato à providência
Que nos premiou com tanta benemerência
Formamos nós uma plêiade de mão cheia
Onde a honra e o amor correm nas veias
Sou muito feliz por motivos tão diversos!
Apesar de estarem os filhos hoje alguns dispersos
Sentimo-nos como virtuais vizinhos
A eles e a Mãe ofereço com todo carinho
Estes meus humildes e singelos versos

JOÃO Alves BITU
Fortaleza - Agosto de 2011

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