Quando a Dra. Auri Moura Costa, primeira juíza do Brasil, foi nomeada para a comarca de Várzea Alegre, o povo da cidade achou esquisito uma mulher juiz. O comentário foi geral, chegou até a constar
nos Contrastes de Várzea Alegre.
nos Contrastes de Várzea Alegre.
Tinha na cidade um cidadão de nome José Sobrinho, que exercia a função de leiloeiro oficial da paróquia e era ainda diretor do grupo de maneiro pau. Grupo esse que chegou a se apresentar à bordo de um navio na cidade de Fortaleza, onde os jornais: O Povo e Correio do Ceará, divulgaram a matéria.
Zé Sobrinho tinha um garoto de dois anos que já chamavam de Aurino, mas que ainda era pagão.
Um dia ele chegou para a esposa e falou:
- Muié, eu vou batizar Aurino, O padim vai ser Zé Joaquim e pra madinha eu vou chamar a juíza.
A mulher descordando deu uma rabissaca e disse:
- Ou Zé! Larga mão de ser besta, tu num tá vendo qui aquela muié num vai querer. Pruquê tu num chama Raimunda Preta, qui pelo meno é da famía.
Zé descordou:
- Não Sinhora, eu vou falar cum ela é agora.
Foi na mala pegou o mesmo cenário que tinha usado em Fortaleza. Próprio para ocasiões especiais:
Uma calça de mescla daquelas que depois de enxuta fica em pé sem ninguém dentro, uma camisa de riscado abotoada até o gogó, um chapéu de massa grande do tipo apara castigos, um par de alpercatas currulepe feitas por José Faustino, e um rosário comprido com uma medalha de São Francisco na ponta.
Chegou na casa da juíza, bateu palmas ela mandou que ele entrasse. Ele entrou tirou o chapéu e foi logo falando:
- Bom dia Dona Juíza. Eu vim aqui prumode chamar a sinhora pra ser madinha de Aurino meu. Eu tou chamando pruquê a sinhora é a muié mais falada da Rajalegue.
A juíza perdoou a ingenuidade e ignorância daquele homem rude. Mas a madrinha de Aurino Foi outra.
Naquela época a mulher mais falada da cidade era uma prostituta.
Zé Sobrinho tinha um garoto de dois anos que já chamavam de Aurino, mas que ainda era pagão.
Um dia ele chegou para a esposa e falou:
- Muié, eu vou batizar Aurino, O padim vai ser Zé Joaquim e pra madinha eu vou chamar a juíza.
A mulher descordando deu uma rabissaca e disse:
- Ou Zé! Larga mão de ser besta, tu num tá vendo qui aquela muié num vai querer. Pruquê tu num chama Raimunda Preta, qui pelo meno é da famía.
Zé descordou:
- Não Sinhora, eu vou falar cum ela é agora.
Foi na mala pegou o mesmo cenário que tinha usado em Fortaleza. Próprio para ocasiões especiais:
Uma calça de mescla daquelas que depois de enxuta fica em pé sem ninguém dentro, uma camisa de riscado abotoada até o gogó, um chapéu de massa grande do tipo apara castigos, um par de alpercatas currulepe feitas por José Faustino, e um rosário comprido com uma medalha de São Francisco na ponta.
Chegou na casa da juíza, bateu palmas ela mandou que ele entrasse. Ele entrou tirou o chapéu e foi logo falando:
- Bom dia Dona Juíza. Eu vim aqui prumode chamar a sinhora pra ser madinha de Aurino meu. Eu tou chamando pruquê a sinhora é a muié mais falada da Rajalegue.
A juíza perdoou a ingenuidade e ignorância daquele homem rude. Mas a madrinha de Aurino Foi outra.
Naquela época a mulher mais falada da cidade era uma prostituta.
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