4 de novembro de 2011

Parabéns, minha mãe! 96 anos!





Ave Maria
Augusto Calheiros
Cai a tarde tristonha e serena, em macio e suave langor
Despertando no meu coração a saudade do primeiro amor!
Um gemido se esvai lá no espaço, nesta hora de lenta agonia
Quando o sino saudoso murmura badaladas da "ave-maria"!
Sino que tange com mágoa dorida, recordando sonhos da aurora da vida
Dai-me ao coração paz e harmonia, na prece da "ave maria"!
Cai a tarde tristonha . . .. (repetir a 1a. estrofe)
No alto do campanário uma cruz simboliza o passado
De um amor que já morreu, deixando um coração amargurado
Lá no infinito azulado uma estrela formosa irradia
A mensagem do meu passado quando o sino tange "ave maria"

Um comentário:

  1. Manolita (as Cartas Não Mentem Jamais)
    Vicente Celestino
    Era uma tarde em Sevilha,
    Quando uma dama, formosa eu vi,
    Era a mais graciosa filha, daquela terra que estava ali,
    Ao seu lado um garboso rapaz,
    Que belo tipo de toureador,
    Que dizia-lhe, em chama voraz,
    Coisas bonitas, frases de amor.

    E a bela escutava com todo o prazer,
    As frases do guapo rapaz a dizer.

    Alza, alza, Manolita !, meu coração teu será,
    Meu amor minha querida,
    Será teu por toda a vida,
    Enquanto vida eu tiver,
    Não serei de outra mulher,
    Vai à buena dicha e verás,
    Que as cartas não mentem jamais !

    No outro dia a formosa, quis da verdade, bem se inteirar,
    Como era muito curiosa, a cartomante, foi consultar,
    Eu quero saber com certeza, se Pedro, meu toureador,
    Me ama com toda firmeza ou se ele jura um falso amor !

    As cartas abertas ali sobre a mesa,
    A velha responde com toda firmeza.

    Alza, alza, Manolita, eis o Valete a afirmar,
    Teu Pedro minha querida,
    Será teu por toda vida,
    Enquanto vida ele tiver,
    Não será de outra mulher,
    Crê no que digo e verás,
    Que as cartas não mentem jamais.

    Mas chega um dia um chamado, para o toureiro, ir à Madri,
    O coração desolado, de Manolita, ficava ali,
    Cacilda, rival nos amores, de Manolita, quer se vingar,
    E pra causar dissabores, mil falsidades, vai lhe contar.

    Teu Pedro, não morre de amores por ti,
    Chamado por outra, vai ele a Madri.

    Alza, não posso acreditar,
    Que Pedro queira, me enganar,
    Teu amor minha querida,
    Será meu por toda a vida,
    Enquanto vida ele tiver,
    Não será de outra mulher,
    Vai à buena dicha e verás,
    Que as cartas não mentem jamais.

    Chega porém de Madri, uma noticia de entristecer,
    Pedro, na praça dalí, fôra ferido, estava a morrer,
    Manolita, toda chorosa, a cartomante vai consultar,
    E diz-lhe em voz lacrimosa, vê se meu Pedro pode escapar,
    As cartas abertas, seu peito lhe estala,
    A velha tremendo, tristonha lhe fala.

    Alza, alza,, Manolita, tudo na vida tem fim,
    Teu Pedro minha querida, foi teu sempre na vida,
    Eis-me o Valete a afirmar, teu Pedro acaba de expirar,
    Reza por ele na paz,
    Que as cartas não mentem jamais !!!....
    ( Mais uma música das preferidas de minha mãe, infelizmente cão conseguimos em vídeo, mesmo assim fica gravada a letra como uma homenagem de seus filhos João, Denizard, Isabel, Cleide, Cícero, Fafá e Zezê.
    04/11/2011

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