O guisado é em janeiro
Quando Artemísia chegar,
Eu já mandei avisar
Ao dr. Sávio Pinheiro.
Ele vem de Juazeiro
Junto com a caravana,
Trazendo um litro de cana
Pra esquentar o guisado.
Eu quero o boi amarrado
No pé da cajarana.
Me amarre o boi
No pé da cajarana.
Quem serve o primeiro prato
É a simpática Florde Lís.
E a Flor Claude Borís
É quem vai tirar retrato.
Claude se afasta do Crato
Somente o fim de semana,
Fotografando a choupana
E o vaqueiro encourado.
Eu quero o boi amarrado
No pé da cajarana.
Me amarre boi
No pé da cajara.
No guisado eu vou botar
Meio quilo de farinha,
Pra me lembrar de Barbinha
Andando com Alencar.
Não tem como não lembrar
De um bom fim de semana,
Com aquele povo bacana
Que hoje tá afastado.
Eu quero o boi amarrado
No pé da cajarana.
Me amarre o boi
No pé da cajarana.
Eu quero a turma brincando
Na sombra climatizada,
Curtindo a música afinada
De um sabiá cantando.
Quero vaqueiro aboiando
Uma toada serrana,
No riacho da Caiana
Para conduzir o gado.
Eu quero o boi amarrado
No pé de cajarana.
Me amarre o boi
No pé de cajarana.
Dedico para aquela que me dedicou o bacalhau na mandioca.
Dedico ainda para os poetas Cláudio Souza e Luís Lisboa.
Boi na cajarana
Mundim do Vale
Flor de Lis vai servir o primeiro prato a Mundim do Vale, o responsável pelo guisado. Quero servir naquelas panelinhas da feira, lembra? Quando criança fazíamos guizados nelas. Era tão gostoso!Vai haver cantoria por conta do Rolim, Cláudio Sousa vai levar seu boneco Damião e eu quero o boi amarrado no pé da cajarana.
ResponderExcluirFátima Bitu
Mundim do Vale é:
ResponderExcluirpoeta de verdade.
Escreve e se diverte
Sem nenhuma vaidade.
E é pra você, meu amigo
Que esses versos dedico
Esperando que um dia
Possua suas qualidades.
Fideralina.
Muito bem, gosto de vc escrevendo versos. Comente sempre minhas postagens. Abraço Fátima Bitu
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