NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL
Quem chegou aqui primeiro
Com título de capitão
Na companhia do irmão
Foi Agostinho Pinheiro.
Tomou a posse ligeiro
Reconheceu o local,
Retornou a Portugal
E o irmão ficou apossado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Aqui o padre Vieira
Fez batizado e sermão
O jumento nosso irmão
Ele viu na capoeira.
Sentou no pau da porteira
Olhou para o animal
Fez o texto inicial
Que depois foi editado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Escutei muito baião
Tocado por Pedro Souza
Que era quase a mesma coisa
Do toque do Gonzagão.
Depois de uma infecção
O artista passou mal
Faleceu na capital
Mas aqui foi sepultado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Nesse vale antigamente
O povo rezava mais
Não tinha gente capaz
De mexer com penitente.
Na rua de São Vicente
Tinha banda cabaçal,
Roda de maneiro pau
E a festa de reizado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Quando o Santo padroeiro
Viu a torre despencando
Ficou no alto esperando
Pelo corpo de bombeiro.
Desceram o santo primeiro
Em seguida o pedestal,
Rezaram missa campal
E a banda tocou dobrado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Foi um dos irmãos Pinheiro
Que numa atitude boa
Deu de presente a lagoa
Para o nosso padroeiro.
Mas um grupo interesseiro
Tomou a posse ilegal
E nessa trama infernal
O santo foi deserdado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Não sei quem me batizou
Porque nunca fiz questão
Mas foi o frei Damião
O frade que me crismou.
Em seguida me mandou
Fazer o pelo sinal,
Na frente do pessoal
Pra ficar abençoado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Conheci Manoel Tetê
Oficial de justiça
Que era curto da vista
Mas teimoso como o que.
Morreu sem saber por quê
Meirinho é oficial
Mas com um ganzá de metal
Nunca molhou um mandado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Raimundo Lucas Bidinho
Poeta varzealegrense
Escreveu no “ Cearense “
Que não passou no moinho.
Disse que ficou sozinho
Vivendo do Funrural,
Sem ter acesso ao real
Como todo aposentado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Foi Antônia Cabeleira
Quem fez papel de cegonha,
Mas os cabras sem vergonha
Tratava por cachimbeira..
Ela da sua maneira
Fazia o parto normal,
Sem precisar hospital
Nem aparelho ligado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Num dia bem inspirado
Foi que José Clementino
Desenvolveu nosso hino
Com Mestre Antônio de lado.
Musicaram num dobrado
Deram o retoque final
E por lei municipal
Foi aceito e aprovado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Aqui o Sávio Pinheiro
Desenvolveu seu repente,
Rimando e salvando gente
Num projeto pioneiro.
Ganhou o Brasil inteiro
O projeto cultural,
De um poeta imortal,
Que foi nascido e criado,
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL
Tem água na região
Do açude do São Vicente,
Mas mesmo assim teve gente
Que foi contra a construção.
Gente que fez confusão
No projeto inicial,
Mas com a decisão final
Ficou feito e aprovado.
NESSE VALE DO MACHADO
DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.
Raimundinho Piau
Várzea Alegre- Ce
Dedicado a, Mazinha e Bibi. Se não souberem quem são, me pergunte no endereço:
Mundimdovale@hotmail.com
Mundim do Vale é:
ResponderExcluirpoeta de verdade.
Escreve e se diverte
Sem nenhuma vaidade.
E é pra você, meu amigo
Que esses versos dedico
Esperando que um dia
Possua suas qualidades.
Fideralina.
Mundim, meu querido poeta amigo, estou muito feliz com sua chegada ao blog da Francesinha. Faça de conta que é seu. Sei quem é Mazinha, Bibi eu não sei mas vou ao seu e-mail agora. Abraço de boas vindas,
Francesinha
Eu também sei quem é a Mazinha kkkkk, todo mundo da familia dela a chamam de Mazinha.
ResponderExcluirEla mandou agradecer a dedicatoria viu Mundim.