O CASÓRIO DE AFONSO
Afonso Bitu agiu
De uma forma intransigente
Sem convidar um só parente
Para a Cheirosa seguiu...
De poucos se despediu
Cabisbaixo e desolado
E deixando muito cuidado.
Da tal maneira que viram
Os amigos se sentiram
Por não terem o acompanhado!
Quando ele lá chegou
Foi cuidar do casamento
Pôs tudo em andamento
E no dia marcado casou!...
Com oito dias voltou,
Procedeu como os antigos
Não ocupando um só amigo.
Levou sempre à vantagem
Sofreu muito na viagem
Mas trouxe FILÓ consigo!!!
CARNAÚBAS, Janeiro 1952
IGUATU, Dezembro 1991
Nesse singelo espaço partilho as coisas que sinto, o que mais gosto, obrigada pela visita.
Esse foi o primeiro poema de João Bitu em 1952, falando do casório de nosso tio Afonso. Sempre que eu ia na sua casa lamentava profundamente ver seus escritos engavetados e um dia o amigo Raimundim Piau falou assim: " Fafá, não é justo que as poesias de João fiquem numa gaveta" Alimentei essa idéia e hoje agradeço a força do amigo Mundim do Vale que é como um irmão para todos nós. Abraço de domingo.
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