2 de dezembro de 2011

O SERTÃO QUE A GENTE MORA - Po Mundim do Vale.

Eu nasci lá no sertão
Onde enterrei meu umbigo
Não deixei lá inimigo
Porque sou bom cidadão.
Considerei cada irmão
E não desejei piora
Porque prefiro a melhora
Daquele que tá doente.
Gostei de todo vivente
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.

Eu tive que me afastar
Para um lugar diferente
Mas guardo como um presente
As coisas do meu lugar.
O dia para voltar
Não sei se é logo agora
Ou se ainda demora
Porque Deus é quem me guia.
Mas me lembro todo dia
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.

Na T.V. Educativa
O vate Dílson Pinheiro
Valoriza o violeiro
E a rima do Patativa.
A produção criativa
Não joga cultura fora
Tanto que busca melhora
Pesquisando pelo mato
.Depois exibe o retrato
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.

O bom Carneiro Portela
Da cultura é resistente
Fala de seca e enchente,
De porteira e de cancela.
Fala de pua e sovela,
De sarampo e catapora,
De sertanejo indo embora,
De lapinha e santuário.
E faz todo o seu cenário
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.

Geraldo Amâncio Pereira
Promotor de festival
É um ícone cultural
Da poesia brejeira.
Repentista de primeira
Defensor de fauna e flora
Hoje em dia comemora
Seu sucesso no estrangeiro.
Mas Geraldo é um herdeiro
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.

Foi do sertão que surgiu
O poeta Zé Maria
Que vem trazendo alegria
Para o resto do Brasil.
Foi ele que conduziu
Por este mundão a fora
Um grupo que hoje explora
A cultura cristalina.
É a Batuta Nordestina
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.

FONTE: http://mundocordel.blogspot.com/search

Dedicado ao Poeta João Bitu;

Um comentário:

  1. Meu abraço Mundim, você nos encanta com sua poesia sobre o sertão em que morávamos. É uma beleza ler os seus versos.
    Do seu amigo,

    João Bitu

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